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19/10/2003 - 06h21

Apresentador Roberto Avallone une bola a Machado de Assis

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LAURA MATTOS
MARÍLIA RUIZ

da Folha de S.Paulo

A escalação do Palestra de 1951 ou frases avulsas de Machado de Assis. Tudo junto, ao mesmo tempo, no pique. Assim é Roberto Avallone, 58, a caricatura real de um âncora de mesa-redonda.

Com sotaque "italianado" acentuado, Avallone pontua literalmente todas as suas frases. "É para enfatizar o que estou dizendo. Entendeu, interrogação?"
Gesticula, risca o ar com o indicador e fuma sem parar. "Tenho que admitir que sou ansioso."

Esse paulistano da Casa Verde transformou os debates de futebol em uma alucinada sinfonia de polêmicas em 1985, quando assumiu o "Mesa-Redonda".

Língua solta --"Sou muito sincero."--, Avallone colecionou desafetos nesse período, mas, acima de tudo, conseguiu se transformar em um personagem muito comentado. Muito mais do que quando ganhou o Prêmio Esso de Informação Esportiva pelo comando da equipe de esportes do "Jornal da Tarde" em 1978 e 1986.

Palmeirense mais do que declarado, criou o slogan "Jornalismo Futebol Clube" para dar peso as suas opiniões. Instituiu também a "tia Dora" --que existe de verdade. Atribui a ela, uma senhora de 84 anos, histórias e opiniões pró e contra o Palmeiras.

Longe de ser uma unanimidade, ele é, pelo menos, uma figura interessante para a televisão. Tanto é assim que circulou por programas de TV aberta e fechada nestas duas semanas pós-demissão.

De concreto, diz, conseguiu três propostas: uma da Bandeirantes, uma da Rede TV! e uma de seu novo amigo Galvão Bueno, que o quer todas as segundas no "Bem, Amigos", do SporTV.

Com os cabelos sempre impecavelmente coloridos por uma rinsagem, Avallone afirma que quer primeiro descansar e se cuidar.

"Essa é a última entrevista que concedo. Na próxima semana, vou tirar essas bolsinhas debaixo dos olhos. Depois quero viajar, tomar sol e, se Deus quiser, voltar a trabalhar em janeiro", disse pouco minutos antes de voltar atrás e concordar em participar do "RockGol", de seus "seguidores" Paulo Bonfá e Marco Bianchi.

Amigos de colégio, formados na USP, humoristas de carteirinha, ambos não têm problema em reverenciar a sua "inspiração".

"Como torcedor do Cosmos [dos EUA], mas simpatizante do Palmeiras, logo me identifiquei com o Avallone", brinca Bonfá.

"Senti na prática essa influência. Criamos uma sátira ao Avallone que se chamava 'Mesa Quadrada Futebol Moleque' no 'Sobrinhos do Ataíde', lançado no rádio, em 95", disse Bianchi.

Colaborou Rômulo Neves, da Redação
 

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