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21/10/2003
-
03h50
da Folha de S.Paulo
A seguir, a entrevista que o guitarrista Jack White concedeu à Folha, da Austrália.
Folha - Depois de longo afastamento, o White Stripes voltou aos shows em setembro. Como está esse reinício de turnê?
Jack White - Tem sido muito bom voltar a tocar, e os concertos estão bem intensos. Na Austrália e na Nova Zelândia estamos fazendo apresentações bem agitadas, selvagens até. Tocamos em alguns festivais e a partir de amanhã [dia 14 último] começamos uma série de shows em clubes, o que eu prefiro.
Folha - E o dedo machucado?
White - Não está nada bem. Não estou completamente recuperado e dói bastante. Quando acaba um show, passo um tempo no gelo para ficar razoável para a apresentação seguinte.
Folha - Como estão as vendas de "Elephant", seu CD?
White - Ultrapassou 1 milhão nos EUA. Está perto de 700 mil cópias na Inglaterra. E chegamos à marca de 15 mil na Nova Zelândia, o que é fabuloso.
Folha - O quanto você gosta de "Elephant", comparando com os três CDs anteriores?
White - O primeiro álbum ["White Stripes", 1999] vai ser sempre meu favorito. A sonoridade crua dele é o que eu busco na hora de compor. "Elephant" está em segundo, bem perto.
Folha - A música "Seven Nation Army" já ganhou pelo menos três remixes. Já ouviu algum?
White - Mostraram-me um, do DJ [britânico] Adam Freeland. Achei muito bom. Gosto dessa apropriação de minha música, mas não deixo de achar engraçado saber que uma canção minha possa virar eletrônica.
Folha - E o que te atraiu para o cinema?
White - É curioso. Os convites foram aparecendo. Mas minha atuação está e será sempre ligada à música. Em "Cold Mountain", do [Anthony] Minghella, eu canto três canções no filme. Mas logo devo me afastar do cinema. Sou ruim atuando.
Folha - Você atua no mais recente filme do Jim Jarmusch. Como é sua parte nele?
White - Exatamente como o nome do filme ["Coffee & Cigarettes"], nós tomamos café e fumamos cigarros num bar. E Meg me ajuda a consertar uma máquina de jogos eletrônicos.
Folha - Você tem produzido boa parte das bandas de Detroit, não?
White - A cena é movimentada e cheia de bandas boas. Eu procuro ajudar no que dá. Gosto desse lado de produção. A última banda que produzi, que é fantástica, é a Whirlwind Heat.
Folha - Então é verdade que a escalação do Whirlwind Heat no Tim Festival foi indicação sua?
White - Apenas disse que eles eram um grande nome de banda nova para tocar. O Whirlwind Heat, ao contrário do White Stripes, não tem guitarra. Mas dá para dizer que o baixista é um "guitar hero". Quem for ver o grupo não vai se arrepender.
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White Stripes desembarca para estrelar o Tim Festival
Shows têm sido "selvagens", afirma Jack White
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A seguir, a entrevista que o guitarrista Jack White concedeu à Folha, da Austrália.
Folha - Depois de longo afastamento, o White Stripes voltou aos shows em setembro. Como está esse reinício de turnê?
Jack White - Tem sido muito bom voltar a tocar, e os concertos estão bem intensos. Na Austrália e na Nova Zelândia estamos fazendo apresentações bem agitadas, selvagens até. Tocamos em alguns festivais e a partir de amanhã [dia 14 último] começamos uma série de shows em clubes, o que eu prefiro.
Folha - E o dedo machucado?
White - Não está nada bem. Não estou completamente recuperado e dói bastante. Quando acaba um show, passo um tempo no gelo para ficar razoável para a apresentação seguinte.
Folha - Como estão as vendas de "Elephant", seu CD?
White - Ultrapassou 1 milhão nos EUA. Está perto de 700 mil cópias na Inglaterra. E chegamos à marca de 15 mil na Nova Zelândia, o que é fabuloso.
Folha - O quanto você gosta de "Elephant", comparando com os três CDs anteriores?
White - O primeiro álbum ["White Stripes", 1999] vai ser sempre meu favorito. A sonoridade crua dele é o que eu busco na hora de compor. "Elephant" está em segundo, bem perto.
Folha - A música "Seven Nation Army" já ganhou pelo menos três remixes. Já ouviu algum?
White - Mostraram-me um, do DJ [britânico] Adam Freeland. Achei muito bom. Gosto dessa apropriação de minha música, mas não deixo de achar engraçado saber que uma canção minha possa virar eletrônica.
Folha - E o que te atraiu para o cinema?
White - É curioso. Os convites foram aparecendo. Mas minha atuação está e será sempre ligada à música. Em "Cold Mountain", do [Anthony] Minghella, eu canto três canções no filme. Mas logo devo me afastar do cinema. Sou ruim atuando.
Folha - Você atua no mais recente filme do Jim Jarmusch. Como é sua parte nele?
White - Exatamente como o nome do filme ["Coffee & Cigarettes"], nós tomamos café e fumamos cigarros num bar. E Meg me ajuda a consertar uma máquina de jogos eletrônicos.
Folha - Você tem produzido boa parte das bandas de Detroit, não?
White - A cena é movimentada e cheia de bandas boas. Eu procuro ajudar no que dá. Gosto desse lado de produção. A última banda que produzi, que é fantástica, é a Whirlwind Heat.
Folha - Então é verdade que a escalação do Whirlwind Heat no Tim Festival foi indicação sua?
White - Apenas disse que eles eram um grande nome de banda nova para tocar. O Whirlwind Heat, ao contrário do White Stripes, não tem guitarra. Mas dá para dizer que o baixista é um "guitar hero". Quem for ver o grupo não vai se arrepender.
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