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22/10/2003 - 04h28

Mão delicada de Stiller leva à comédia em "Erotikon"

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INÁCIO ARAUJO
crítico da Folha

Será que os suecos são tão mais avançados em matéria de costumes do que o resto do mundo? Quase certo. Em relação ao Brasil: nenhuma dúvida. Enquanto Mauritz Stiller (1883-1928) fazia "Erotikon" --exibido hoje no evento--, em 1919, nós aqui fazíamos "Exemplo Regenerador", de José Medina.

Stiller influenciaria Lubitsch com suas comédias, é o que se diz. Não espanta que tenha influenciado. Existe na história um sério professor, entomologista, e sua mulher, que parece flertar com um certo aviador, o barão Felix.

Quem morre de ciúmes com isso é um escultor, melhor amigo do entomologista, mas entusiasta ardente de sua mulher. Em uma noite na ópera, o professor disse que não gosta de tragédias. Tem o gosto de espectadores de cinema, que preferem soluções cômicas.

Assim será em "Erotikon": as coisas evoluem para a comédia, ou seja, para o erotismo. Stiller é um cineasta de mão delicada, o que facilita. Uma cena antológica: após o divórcio, o professor escorrega alegremente pelo corrimão de sua própria casa, enquanto despacha as coisas da mulher.

Stiller providencia para que todos no filme acabem felizes. Mas, sobretudo, o espectador. Seus filmes são raridades que fãs de cinema mudo seguirão apaixonadamente. Os demais também, graças ao acompanhamento musical.

Avaliação:

Erotikon

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