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29/10/2003 - 15h02

Federico Fellini é homenageado em Roma, Nova York e Rimini

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da France Presse, em Roma

As cidades de Roma, Nova York e Rimini prestam sua homenagem ao grande mestre do cinema italiano Federico Fellini com uma série de mostras, concertos, projeções, mesas redondas e eventos especiais para lembrar os dez anos de sua morte.

Fellini, que morreu em Roma em 31 de dezembro de 1993, aos 73 anos, criou filmes que marcaram a história do cinema, como "Oito e Meio", e imprimiram seu estilo pessoal, dando origem ao termo "felliniano", será lembrado também com um grande concerto em Roma e uma retrospectiva de seus filmes no Museu Guggenheim de Nova York.

Sua cidade natal, Rimini, na costa adriática, organizou uma série de seminários entre 7 e 13 de outubro sobre a influência do grande mestre do cinema, assim como mostras e estudos sobre suas obras mais famosas.

A lista de convidados foi eloquente: Peter Greenaway (Reino Unido), Otar Iosseliani (Geórgia), Andrei Konchalovsky (Rússia), Catherine Breillat (França), Paul Mazursky (EUA), entre os mais conhecidos.

Monumento

No dia do aniversário de sua morte, a prefeitura de Rimini vai inaugurar em frente ao seu túmulo uma monumental escultura de arte contemporânea, feita pelo mestre italiano Arnaldo Pomodoro.

O genial cineasta será homenageado no famoso museu nova-iorquino, que exibirá todos os seus filmes, 24 no total, com cópias novas reeditadas pelos míticos estúdios romanos da Cinecittà, onde o diretor rodou a maioria de seus filmes.

O Guggenheim também organizará uma ampla exposição de desenhos de Fellini, alguns nunca exibidos, entre os quais 70 retratos de personagens, artistas e gente comum que o inspiraram ao longo de mais de 40 anos de carreira.

A mostra, que depois irá para Paris, inclui desenhos encontrados em seu estúdio, quase todos de sátira, feitos pelo mestre que começou sua carreira como caricaturista.

A exposição será inaugurada amanhã por personalidades do cinema e amigos do artista, entre eles Fiammetta Profili e o jornalista Vincenzo Mollica, amigo e biógrafo do cineasta.

Em Roma, uma série de iniciativas reunidas sob o lema "Romacord", união das palavras Roma e "Amarcord", título de um de seus filmes mais famosos, foi organizada pela prefeitura, com o apoio de muitos personagens do mundo da cultura e do cinema, entre eles Roberto Benigni, Giuseppe Tornatore, Francesco Rossi, Michelangelo Antonioni, Enzo Biagi e Lucio Dalla.

"Queríamos lembrá-lo com uma grande homenagem de seus amigos e de sua cidade, onde viveu mais de 50 anos", declarou o prefeito de Roma, Walter Veltroni, ex-crítico de cinema.

Uma mostra intitulada "A Roma de Fellini" está aberta desde 4 de outubro no imponente centro Vitoriano, no centro de Roma.

"A exposição quer recordar a importância que Roma teve para Fellini", garantiu Vincenzo Mollica, curador da mostra, crítico de cinema e amigo pessoal do artista que escolheu mais de 300 fotos do mestre desde que ele chegou a Roma, em 1939.

Além das fotos, o Museu de Roma exibe 34 desenhos de mulheres feitos pelo diretor nos últimos anos de sua vida.

Material inédito de filmes idealizados mas nunca materializados e uma série de concertos inspirados em seus filmes serão organizados na praça do Capitólio.

Famosos músicos de jazz participarão neste 30 de outubro de um concerto especial no Auditório inspirado na trilha sonora de seus filmes.

Nascido em 20 de janeiro de 1920, Fellini foi caricaturista, roteirista e jornalista em sua juventude antes de se colocar pela primeira vez atrás de uma câmara, no início dos anos 50.

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