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31/10/2003 - 13h13

Revista "Playboy" comemora meio século de vida

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da France Presse, em Paris

Hugh Hefner lançou o primeiro número de "Playboy" em dezembro de 1953 em Chicago, com Marilyn Monroe como estrela: meio século depois, a famosa revista masculina participava no "esforço de guerra" enviando às tropas americanas no Iraque fotos de belas mulheres... vestidas, para não escandalizar os aliados árabes dos Estados Unidos.

"Playboy" é uma síntese de libertinagem, de liberalismo e de marketing maciço característica da história cultural dos Estados Unidos, mas que ultrapassa suas fronteiras.

Hefner, 77, baseou seu sucesso numa fórmula até então inédita: uma mistura de fotos eróticas e entrevistas de personalidades, reportagens e artigos de todo tipo. Famoso por seus ternos de paletó vermelho, Hefner deixou seu império à filha Christy, mas continua desempenhando um papel importante na empresa. "Não me canso de selecionar as 'playmates'", diz.

Em sua opinião, a "playmate" do mês "defendia mais a emancipação do que a exploração da mulher, embora no início eu não formulasse as coisas assim. Tentava simplesmente passar esta mensagem: as mulheres também gostam de sexo".

O número um, vendido a US$ 0,50, se apresentava como uma revista de "alegria para homens". Na capa anunciava: "pela primeira vez numa revista em cores a famosa Marilyn Monroe despida".

Seleção

O álbum destes 50 anos, publicado em vários países ao mesmo tempo, narra este meio século através de uma seleção de 250 fotos, escolhidas entre as dez milhões de imagens dos arquivos da "Playboy".

Segundo Jim Peterson, que escreve o texto do álbum, para compreender a revolução que representou "Playboy", é preciso lembrar as revistas americanas do gênero dos anos 1950: dirigem-se a um público "ávido por sexo" e propunham "fotos vulgares" e de má qualidade.

A audácia de Hefner foi publicar já no primeiro número, no melhor papel possível e em cores, fotos de Marilyn despida, e ter perseverado em sua ambição: fazer de "Playboy" "uma orgia visual".

Graças à revista, venderam-se mais Nikon e Polaroid do que nenhum meio de comunicação conseguiu vender. Os números falam por si: a tiragem passou de um milhão de exemplares nos anos 60 a sete milhões em 1972.

Em plena "revolução sexual", um em cada quatro estudantes americanos comprava a revista. Hoje as vendas diminuíram, mas "Playboy" continua tendo três milhões de leitores, apesar da concorrência da internet.

No próximo dia 17 de dezembro, nas comemorações do aniversário, a "Playboy" vai leiloar importantes arquivos na Christie's de Nova York. Entre os documentos estão um conto de Jack Kerouac, corrigido à mão pelo autor e estimado entre US$ 20 mil e US$ 30 mil, o manuscrito do primeiro James Bond, publicado em 1963 na "Playboy", a as cartas trocadas com algumas celebridades entrevistadas pela revista, como Salvador Dalí, Henry Miller, Jean-Paul Sartre, Bob Dylan e os Beatles.

Serão leiloadas também mais de 70 fotos, entre elas as de Marilyn Monroe, Brigitte Bardot, Madonna e Bo Derek, e um dos primeiros trajes da "coelhinha", símbolo da revista.
 

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