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06/09/2000 - 05h50

Análise: Free Jazz Festival faz a festa dos puristas

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da Folha de S.Paulo

O s puristas não têm do que reclamar. Só pelo fato de trazer o baterista Max Roach e o baixista Ray Brown, a lista de atrações do Free Jazz Festival honra o nome do meio do evento.

Em noites distintas, esses homens vão pegar a história do jazz do ponto em que o improviso deixou de ser coletivo e passou a se basear na mudança de acordes (leia-se bebop) e navegá-la até o momento em que a falta de alternativas abriu espaço para que o estilo desembocasse no free jazz.

O evento estará dividido em três palcos. Roach e Brown vão tocar no menor deles, o Club. Uma pena. Quem gosta de jazz com um pé na tradição terá de se espremer num dos 280 lugares do espaço.

Por esse palco vão desfilar ainda o piano preciso e caribenho do cubano Chucho Valdés, o saxofone que procura uma identidade fora da herança paterna de Ravi Coltrane (filho de John) e a big band Art Ensemble of Chicago.

A produção do festival foi feliz ao escolher as atrações brasileiras do palco Club. Antes de Roach, toca um garoto que usa o bandolim para injetar vitalidade no chorinho: Hamilton de Holanda, que parece uma mistura impossível de Jacob do Bandolim e Hendrix.

João Donato, um dos mais criativos e menos reconhecidos compositores da bossa nova, mostra ao piano que é um ótimo recheio para o sanduíche formado pelos shows de Valdés e Brown.

Na primeira noite do festival, também vai ser possível jazz de verdade no palco New Directions. Primeiro, entra o trompetista Irvin Mayfield, que, apesar de morar em Nova Orleans, explora o jazz contemporâneo e distante da sua terra natal. Depois, Greg Osby usa seu sax para embutir improviso em estilos do pop.
(EF)

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