Vestibulandos são retratados com humor em peça do Festival de Curitiba

Quem já passou pelo vestibular sabe muito bem o nervosismo e a ansiedade que acompanham os candidatos a uma vaga na universidade. Esse é o tema do espetáculo "O Vestibular", que satiriza essa fase que marca o fim da adolescência e o começo da vida, digamos, mais adulta. O espetáculo integra a mostra Fringe (paralela), do Festival de Curitiba.

A montagem carioca é escrita e dirigida por Rafaela Motta e traz alunos do Teatro Universo, grupo formado no curso de artes cênicas da UniRio. "Interpreto a Renata, que é bastante 'caxias'. Acho que ela tem um pouco de mim, que também era bastante estudiosa quando passei pelo vestibular", lembra a autora e atriz da montagem.

Rafaela conta que usou da experiência do cotidiano de seu 'trabalho paralelo' para criar a dramaturgia, quatro anos atrás: "Dou aula de português em um cursinho no Rio, acompanho de perto toda essa tensão dos vestibulandos", conta.

Claro que o sofrimento dos candidatos ao vestibular se transforma em riso para a platéia. Há tanto situações dramáticas, como o atraso para fazer a prova, quanto cômicas, como a garota que leva um galão de dez litros de água para beber durante o teste. O grande sucesso da trilha da peça é a música "My Heart Will Go On", de Celine Dion, tema do filme "Titanic" (1997).

O ator Pedro Henrique Lopes, que faz o vestibulando 'boa-vida' Marcos, diz que, ao fim das apresentações, outras pessoas, além dos vestibulandos, se identificam: "Tem pai que vem falar com a gente e diz que na casa dele o filho faz igualzinho", diz.

A peça é apresentada hoje (27) e amanhã (28), no auditório do Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, sempre às 15h, com ingressos entre R$ 10 e R$ 20.

O repórter viajou a convite do Festival de Curitiba.