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07/11/2003 - 06h16

Ruído: 36,8% não compram CD em SP, diz pesquisa

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PEDRO ALEXANDRE SANCHES
da Folha de S.Paulo

Mais de metade dos consumidores da Grande São Paulo já desistiu de ter lojas oficiais como alternativa principal para comprar CDs. É o resultado de pesquisa da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) entre 900 compradores, 49,1% dos quais responderam que vão às lojas quando querem comprar CD.

Outros 41,4% elegem os camelôs, e 6,2% preferem a informalidade dos promocenters. É expressão a mais do triunfo da pirataria, que segundo a ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Discos) consome hoje 59% do mercado discográfico.

Essas fatias saem dos 63,1% de consumidores que afirmam ainda comprar CDs --36,8% dos pesquisados declararam que não possuem esse hábito.

Mais um dado sobre o atual estado desse mercado: um terço dos compradores de CDs em camelôs e promocenters afirma que o produto apresentou algum problema; compram mesmo assim (por causa do preço, segundo 57,8% dos ouvidos).

A Fecomercio foi além e entrevistou 150 camelôs, obtendo deles um ranking de gêneros mais procurados nas barracas: pop-rock (30,8%), sertanejo (19,2%), eletrônico (10%) e MPB (5,8%), entre outros menos cotados.

O não-lançamento

Sem projeto de recuperação de catálogo, a Som Livre esquece no baú o divertido especial infantil da Globo e disco "Plunct Plact Zuuum" (83). Concebido na explosão do novo pop-rock nacional, era um mix de novos e velhos de guerra, tentando adequar o pop-rock às crianças e vice-versa. Havia Raul Seixas em "Carimbador Maluco", Fafá de Belém cantando Lulu Santos ("Sereia") e irados tecnopops da Gang 90 ("Será que o King Kong É Macaca?") e de Eduardo Dusek. Guardadas as proporções, era como se hoje a Globo bancasse um disco infantil de hip hop, drum'n" bass ou electro...

Arnaldo abrigado

Agora compartilhando empresário com Marisa Monte, Arnaldo Antunes já grava em estúdio seu próximo CD, que deve sair em março. Na renegociação de contrato com a BMG, ele adquiriu o direito de ser dono de suas gravações --o que ainda é privilégio de poucos, como Marisa. Arnaldo terá um selo (Rosa Celeste) dentro da BMG.

O milhão de Roberto

Mesmo com o cenário de retração no mercado, a Sony sonha alto com o disco inédito de Roberto Carlos. O vice-presidente da gravadora, Alexandre Schiavo, prevê a volta ao patamar de 1 milhão de cópias, após a queda de venda do "Ao Vivo" de 2002.

Aos milhares

Longe dos milhões, lançamentos recentes dão esperança de leve retomada às gravadoras. Maria Rita já vendeu 350 mil cópias, segundo a Warner. Sandy & Junior, da Universal, estão em 300 mil. Charlie Brown Jr. lidera na EMI, com 240 mil. A banda de garotos Br'oz, versão masculina do Rouge, saiu da Sony com 200 mil cópias --e vendeu metade delas em uma semana, segundo a gravadora.

Na high society

Depois de Marcelo D2, a Trama é quem vai à alta sociedade. A gravadora inaugurou nesta semana um ponto de venda de CDs dentro da Daslu, uma das mais luxuosas lojas de São Paulo.

Indie rock e violão

Supla lança novo disco pela independente ST2. Segundo ele, dez das 23 faixas são de "bossa furiosa" em inglês, remetendo à fase punk nova-iorquina. As outras são só voz e violão (do irmão João Suplicy). E Supla já caça autorizações para um CD de versões em português para hits gringos.
 

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