Publicidade
Publicidade
13/11/2003
-
06h24
VALMIR SANTOS
da Folha de S.Paulo
Em sua quarta edição, o Riocenacontemporânea reafirma a tentativa de oxigenar e contrariar a "hegemonia da comédia ligeira" nos palcos cariocas.
"A questão da contemporaneidade é associada justamente à diversidade. O teatro brasileiro é um dos mais ricos do mundo por causa da sua variedade, da sua pulsão. O que tem acontecido no Rio, nos últimos anos, é uma tendência à homogeneização", afirma o coordenador-geral do festival, Fábio Ferreira.
O Riocenacontemporânea começa amanhã e segue até dia 23. Ferreira cita trabalhos locais, como os de Enrique Diaz, Mariana Lima, Gilberto Gawronski e Christiane Jatahy, que revelam inquietações de artistas que não se acomodaram. São 44 apresentações em nove dias. À parte, serão mostradas peças em processo, performances, espetáculos de rua, oficinas e simpósios. O filão internacional segue como fatia principal na programação.
Há a estréia mundial de "Derde Oever", com o grupo Munganga, do brasileiro Carlos Lagoeiro, radicado há 15 anos na Holanda. É uma adaptação do conto "A Terceira Margem do Rio", de Guimarães Rosa, sob direção de Beto Lima (Pia Fraus).
O teatro argentino desponta com dois importantes autores contemporâneos: Rafael Spregelburd ("La Estupidez") e Daniel Veronese ("Open House"), ambos de Buenos Aires. Também comparece o teatro-dança da cia. Krapp, de Córdoba ("Mendiolaza"). Da Espanha, vem outro argentino radicado naquele país europeu, Rodrigo Garcia, cuja cia. Carnicería Teatro apresenta "After Sun".
Na ausência do projeto "Os Sertões", do grupo Oficina, cuja viagem foi cancelada pelo festival na semana passada, sob alegação de falta de verba (o orçamento é de R$ 1,2 milhão), o Riocenacontemporânea procura manter a linha de pesquisa sobre o imaginário nordestino com uma mostra de peças da Paraíba (grupos Contratempo, cia. Meidifera Agitada Gangj) e a presença do multiartista pernambucano Antonio Nóbrega, com a aula-espetáculo "Sol a Pino". O ator e diretor Gilberto Gawronski, que vive no Rio, faz uma adaptação da obra de Euclydes da Cunha em "Binneland", com a cia. Demolitian Art in Obra, com sede na Holanda.
O festival é uma realização da Prefeitura do Rio de Janeiro em parceria com o Sesc estadual.
4º RIOCENACONTEMPORÂNEA
Quando: de 14 a 23/11, em vários pontos do Rio de Janeiro
Quanto: R$ 10
Mais informações: pelo tel. 0/xx/21/2226-1113 ou pelo site: www.riocenacontemporanea.com.br
Patrocinadores: Centro Cultural Banco do Brasil e Conjunto Cultural da Caixa Econômica Federal
Leia mais
Veja alguns destaques do 4º Riocenacontemporânea
Festival desafia "hegemonia da comédia"
Publicidade
da Folha de S.Paulo
Em sua quarta edição, o Riocenacontemporânea reafirma a tentativa de oxigenar e contrariar a "hegemonia da comédia ligeira" nos palcos cariocas.
"A questão da contemporaneidade é associada justamente à diversidade. O teatro brasileiro é um dos mais ricos do mundo por causa da sua variedade, da sua pulsão. O que tem acontecido no Rio, nos últimos anos, é uma tendência à homogeneização", afirma o coordenador-geral do festival, Fábio Ferreira.
O Riocenacontemporânea começa amanhã e segue até dia 23. Ferreira cita trabalhos locais, como os de Enrique Diaz, Mariana Lima, Gilberto Gawronski e Christiane Jatahy, que revelam inquietações de artistas que não se acomodaram. São 44 apresentações em nove dias. À parte, serão mostradas peças em processo, performances, espetáculos de rua, oficinas e simpósios. O filão internacional segue como fatia principal na programação.
Há a estréia mundial de "Derde Oever", com o grupo Munganga, do brasileiro Carlos Lagoeiro, radicado há 15 anos na Holanda. É uma adaptação do conto "A Terceira Margem do Rio", de Guimarães Rosa, sob direção de Beto Lima (Pia Fraus).
O teatro argentino desponta com dois importantes autores contemporâneos: Rafael Spregelburd ("La Estupidez") e Daniel Veronese ("Open House"), ambos de Buenos Aires. Também comparece o teatro-dança da cia. Krapp, de Córdoba ("Mendiolaza"). Da Espanha, vem outro argentino radicado naquele país europeu, Rodrigo Garcia, cuja cia. Carnicería Teatro apresenta "After Sun".
Na ausência do projeto "Os Sertões", do grupo Oficina, cuja viagem foi cancelada pelo festival na semana passada, sob alegação de falta de verba (o orçamento é de R$ 1,2 milhão), o Riocenacontemporânea procura manter a linha de pesquisa sobre o imaginário nordestino com uma mostra de peças da Paraíba (grupos Contratempo, cia. Meidifera Agitada Gangj) e a presença do multiartista pernambucano Antonio Nóbrega, com a aula-espetáculo "Sol a Pino". O ator e diretor Gilberto Gawronski, que vive no Rio, faz uma adaptação da obra de Euclydes da Cunha em "Binneland", com a cia. Demolitian Art in Obra, com sede na Holanda.
O festival é uma realização da Prefeitura do Rio de Janeiro em parceria com o Sesc estadual.
4º RIOCENACONTEMPORÂNEA
Quando: de 14 a 23/11, em vários pontos do Rio de Janeiro
Quanto: R$ 10
Mais informações: pelo tel. 0/xx/21/2226-1113 ou pelo site: www.riocenacontemporanea.com.br
Patrocinadores: Centro Cultural Banco do Brasil e Conjunto Cultural da Caixa Econômica Federal
Leia mais
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice