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17/11/2003 - 07h14

Nova Orleans exibe seu tutano musical em festival no Bourbon Street

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EDSON FRANCO
da Folha de S.Paulo

Sobreviver por dez anos no ramo do entretenimento não é tarefa para amadores. A casa paulistana Bourbon Street conseguiu e, para comemorar, decidiu mostrar o tutano musical de que é feita.

A partir de amanhã desfilam pela casa sete atrações vindas de Nova Orleans, cidade que inspirou o quarteto original de sócios a criar um lugar com o nome da principal rua daquela cidade, a arquitetura do sul da Louisiana e uma acústica propícia para shows de jazz, blues, soul, rhythm'n'blues, zydeco, gospel e flertes de todos os anteriores com a eletrônica.

As atrações que desfilarão pela casa nesta semana representam cada um desses espectros musicais. E a cidade será presenteada com shows gratuitos.

Entre os músicos convocados para a Bourbon Street Fest, o mais inovador é DJ Logic --cujo nome de batismo é Jason Kibler, especialista em inserir células rítmicas no jazz e partículas harmônicas no pop. Ele já pôs os seus pick-ups a serviço de roqueiros como o grupo Living Colour e de jazzistas como o guitarrista John Scofield.

Na opinião dele, não há uma hierarquia de importância entre pop e jazz. "Apesar disso, é mais difícil tornar dançante o jazz. Em geral, essa música tem muitas partes e é preciso colocar as cores no lugar certo. Dar uma sofisticada no pop é bem mais fácil", disse ele, por telefone, à Folha de S.Paulo.

Logic não estudou música e diz que isso não atrapalha sua comunicação com instrumentistas de jazz. "Ouço as coisas de uma maneira diferente da que eles estão acostumados. Trago para a mesa aspectos que eles negligenciam. É aí que acontece a colaboração."

Outro que busca a modernidade é o acordionista Dwayne Dopsie, 24. A diferença é que ele faz isso utilizando como plataforma o zydeco, ritmo tradicional da Louisiana que funde música francesa, espanhola e country. "Para tornar a coisa mais palatável para platéias jovens, procuro uma batida mais hardcore, mais dançante."

Apesar de ser filho e de tocar o mesmo instrumento que Rockin" Dopsie (1932-1993), o "príncipe" do zydeco, Dwayne jamais teve aulas com o pai. "Aprendi vendo os vídeos dele, prestando atenção nos movimentos dos dedos."

Mas o pai pelo menos foi benevolente e deixou o filho participar de uma ou outra apresentação de sua banda. Depois, Dwayne passou a integrar o grupo do violinista Tony Delafose, até montar a própria banda em 1999.

Completam o leque de atrações do Bourbon Street Fest a blueseira Marva Wright, os jazzistas de raiz do Preservation Hall, os "metaleiros" da Dirty Dozen Brass Band, o so(u)lidário trio Nu Begginings e o som sagrado do grupo Jabial Reed & the Baptist Church Choir.

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