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07/09/2000
-
04h07
da Folha de S.Paulo
A maioria dos galeristas de São Paulo critica a cenografia usada nos 13 módulos da Mostra do Redescobrimento. "Ela se perdeu no excesso. É ruim.
No módulo Arte Contemporânea, o Paulinho (Paulo Mendes da Rocha, arquiteto) errou a mão", disse Regina Boni, da galeria São Paulo.
Para ela, esse é o pior módulo. "As paredes pintadas de cinza contrariam tudo o que a gente conhece sobre montagem. A arquitetura interferiu muito."
André Millan, da galeria Millan, também é enfático. Afirmou que a exposição é boa, mas acha "impossível substituir museologia por cenografia".
Segundo ele, essa proposta comprometeu todos os módulos, com exceção de Arqueologia e Imagens do Inconsciente.
Valú Ória, que responde pela galeria que leva seu nome, acha que a Mostra do Redescobrimento é uma das mais importantes já realizadas no Brasil. "É uma exposição abrangente e de qualidade."
Sobre a cenografia, disse não gostar do módulo O Olhar Distante. "Ficou muito escuro."
Luisa Strina, que também coordena galeria que leva seu nome, afirmou que a mostra desviou o foco de interesse. "As obras, com raras exceções, são só coadjuvantes de uma cenografia sedutora, mas totalmente antididática."
Ela acrescentou que a verba gasta no evento não justifica a exposição. "Com esse dinheiro gasto em decoração, daria para construir um museu."
Ricardo Trevisan, da galeria Triângulo, concorda. "A mostra é polêmica, sobretudo no que diz respeito à montagem cenográfica." Ele classifica os módulos da seguinte maneira: "Assustador excesso no Barroco; escuro em O Olhar Distante; sombrio e frio no Arte Contemporânea; vibrante e cativante no Arte Popular; e louvável no Imagens do Inconsciente".
Para Thomas Cohn, que também dá seu nome à galeria que comanda em São Paulo, os pontos bons são os módulos Arte Popular e Imagens do Inconsciente.
O Barroco, segundo ele, está bem montado, mas não precisava de toda aquela encenação. "No conjunto, o evento é muito importante. Se eu tivesse de dar uma nota, daria 8."
Socorro de Andrade Lima, parceira da galerista Nara Roesler, acha a mostra positiva. "Deu acesso a milhares de pessoas."
Quanto às cenografias, afirmou que a encenação tira o foco da arte. "Essa é uma visão de quem entende de arte. As pessoas, em geral, gostam, e muito."
Fabio Cimino e Luciana Brito, da Brito e Cimino, afirmaram que a mostra é polêmica. "Não dá para julgar. A resposta é do público", disse Cimino. (FCy e FC)
Leia mais notícias de Ilustrada na Folha Online
Galeristas criticam cenografia do evento na Mostra do Redescobrimento
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A maioria dos galeristas de São Paulo critica a cenografia usada nos 13 módulos da Mostra do Redescobrimento. "Ela se perdeu no excesso. É ruim.
No módulo Arte Contemporânea, o Paulinho (Paulo Mendes da Rocha, arquiteto) errou a mão", disse Regina Boni, da galeria São Paulo.
Para ela, esse é o pior módulo. "As paredes pintadas de cinza contrariam tudo o que a gente conhece sobre montagem. A arquitetura interferiu muito."
André Millan, da galeria Millan, também é enfático. Afirmou que a exposição é boa, mas acha "impossível substituir museologia por cenografia".
Segundo ele, essa proposta comprometeu todos os módulos, com exceção de Arqueologia e Imagens do Inconsciente.
Valú Ória, que responde pela galeria que leva seu nome, acha que a Mostra do Redescobrimento é uma das mais importantes já realizadas no Brasil. "É uma exposição abrangente e de qualidade."
Sobre a cenografia, disse não gostar do módulo O Olhar Distante. "Ficou muito escuro."
Luisa Strina, que também coordena galeria que leva seu nome, afirmou que a mostra desviou o foco de interesse. "As obras, com raras exceções, são só coadjuvantes de uma cenografia sedutora, mas totalmente antididática."
Ela acrescentou que a verba gasta no evento não justifica a exposição. "Com esse dinheiro gasto em decoração, daria para construir um museu."
Ricardo Trevisan, da galeria Triângulo, concorda. "A mostra é polêmica, sobretudo no que diz respeito à montagem cenográfica." Ele classifica os módulos da seguinte maneira: "Assustador excesso no Barroco; escuro em O Olhar Distante; sombrio e frio no Arte Contemporânea; vibrante e cativante no Arte Popular; e louvável no Imagens do Inconsciente".
Para Thomas Cohn, que também dá seu nome à galeria que comanda em São Paulo, os pontos bons são os módulos Arte Popular e Imagens do Inconsciente.
O Barroco, segundo ele, está bem montado, mas não precisava de toda aquela encenação. "No conjunto, o evento é muito importante. Se eu tivesse de dar uma nota, daria 8."
Socorro de Andrade Lima, parceira da galerista Nara Roesler, acha a mostra positiva. "Deu acesso a milhares de pessoas."
Quanto às cenografias, afirmou que a encenação tira o foco da arte. "Essa é uma visão de quem entende de arte. As pessoas, em geral, gostam, e muito."
Fabio Cimino e Luciana Brito, da Brito e Cimino, afirmaram que a mostra é polêmica. "Não dá para julgar. A resposta é do público", disse Cimino. (FCy e FC)
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