Publicidade
Publicidade
21/11/2003
-
02h01
MARCELO BARTOLOMEI
enviado especial a Brasília (DF)
Para quem ainda não conhece, é uma lição; para os admiradores, é tributo. Assim o documentário "Glauber - O Filme, Labirinto do Brasil", do cineasta Silvio Tendler, 53, foi aclamado pelo público no 36º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro na noite de ontem, quando foi exibido.
O longa-metragem, o segundo dos que disputam o Troféu Candango neste ano a ser exibido, mostra imagens antigas e depoimentos recentes que resgatam a vida e a morte de Glauber Rocha, o "pai do Cinema Novo", precursor de um movimento que revolucionou o jeito de fazer cinema no Brasil.
Tendler apresenta seu filme 22 anos depois de ter iniciado o trabalho, em 81, ano em que Glauber morreu, aos 42 anos, com as filmagens do velório e do enterro do cineasta baiano.
O documentarista carioca, que já dirigiu o Festival de Brasília em 1996, concorre pela primeira vez com um filme em uma das mais conceituadas e exigentes mostras do país. "Aprendo muito com o cinema de documentário que eu faço. Mais aprendo que ensino", disse o cineasta no palco do Cine Brasília, onde seu filme foi exibido.
O documentário aborda a relação de Glauber com a política e dá às suas idéias um poder visionário. Ao mesmo tempo, diverte com bastidores de seus filmes --dos premiados aos rejeitados-- e com depoimentos dos amigos, que reclamam a perda de uma provocante e polêmica personalidade brasileira, lutador constante pelo cinema como arte puramente nacional.
Nas imagens de arquivo, o documentário de Tendler aborda o efervescente período político e cultural anterior ao regime militar e após sua instalação no país.
É um filme para entender não só o cinema, mas a cultura de um país, como, quando, onde e por quem ela foi construída.
O Festival de Brasília vai até o próximo dia 25 e apresenta longas em 35mm e em 16mm, além de curtas-metragens. Também promove debates sobre cinema e uma feira para o mercado cinematográfico.
Na noite da próxima terça-feira, serão conhecidos os vencedores do festival. Concorrem com "Glauber - O Filme, Labirinto do Brasil": "Filme de Amor" (Julio Bressane); "Garotas do ABC (Aurélia Schwarzenega)" (Carlos Reichenbach); "Harmada" (Maurice Capoville); "Lost Zweigfil" (Sylvio Back); e "O Signo do Caos" (Rogério Sganzerla).
O jornalista Marcelo Bartolomei viaja a convite da organização do 36º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
Tributo a Glauber Rocha é aclamado no Festival de Brasília
Publicidade
enviado especial a Brasília (DF)
Para quem ainda não conhece, é uma lição; para os admiradores, é tributo. Assim o documentário "Glauber - O Filme, Labirinto do Brasil", do cineasta Silvio Tendler, 53, foi aclamado pelo público no 36º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro na noite de ontem, quando foi exibido.
O longa-metragem, o segundo dos que disputam o Troféu Candango neste ano a ser exibido, mostra imagens antigas e depoimentos recentes que resgatam a vida e a morte de Glauber Rocha, o "pai do Cinema Novo", precursor de um movimento que revolucionou o jeito de fazer cinema no Brasil.
Tendler apresenta seu filme 22 anos depois de ter iniciado o trabalho, em 81, ano em que Glauber morreu, aos 42 anos, com as filmagens do velório e do enterro do cineasta baiano.
O documentarista carioca, que já dirigiu o Festival de Brasília em 1996, concorre pela primeira vez com um filme em uma das mais conceituadas e exigentes mostras do país. "Aprendo muito com o cinema de documentário que eu faço. Mais aprendo que ensino", disse o cineasta no palco do Cine Brasília, onde seu filme foi exibido.
O documentário aborda a relação de Glauber com a política e dá às suas idéias um poder visionário. Ao mesmo tempo, diverte com bastidores de seus filmes --dos premiados aos rejeitados-- e com depoimentos dos amigos, que reclamam a perda de uma provocante e polêmica personalidade brasileira, lutador constante pelo cinema como arte puramente nacional.
Nas imagens de arquivo, o documentário de Tendler aborda o efervescente período político e cultural anterior ao regime militar e após sua instalação no país.
É um filme para entender não só o cinema, mas a cultura de um país, como, quando, onde e por quem ela foi construída.
O Festival de Brasília vai até o próximo dia 25 e apresenta longas em 35mm e em 16mm, além de curtas-metragens. Também promove debates sobre cinema e uma feira para o mercado cinematográfico.
Na noite da próxima terça-feira, serão conhecidos os vencedores do festival. Concorrem com "Glauber - O Filme, Labirinto do Brasil": "Filme de Amor" (Julio Bressane); "Garotas do ABC (Aurélia Schwarzenega)" (Carlos Reichenbach); "Harmada" (Maurice Capoville); "Lost Zweigfil" (Sylvio Back); e "O Signo do Caos" (Rogério Sganzerla).
O jornalista Marcelo Bartolomei viaja a convite da organização do 36º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice