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Atores iniciam protesto de três dias nos Estados Unidos
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da Efe, em Los Angeles
O sindicato de atores dos Estados Unidos, junto a outras organizações, iniciou nesta terça-feira uma manifestação de três dias por Los Angeles para pedir melhores condições trabalhistas, ao mesmo tempo em que renegocia seu convênio coletivo com a indústria de Hollywood.
Os artistas se uniram a diversos outros sindicatos da cidade na maior manifestação realizada em Los Angeles nos últimos anos.
Milhares de pessoas participam da passeata Hollywood to the Docks, que teve início em Hollywood e vai até o porto de San Pedro em Long Beach, local no qual o protesto termina na próxima quinta-feira (17) após percorrer cerca de 42 quilômetros.
Segundo a Los Angeles County Federation of Labor, que organiza o evento, a mobilização é um símbolo da luta pelos direitos trabalhistas de 350 mil funcionários que este ano terão que entrar em acordo com as empresas seus novos convênios coletivos, e entre eles estão os atores, que não descartam a greve.
Esaí Morales, membro da direção do Screen Actors Guild (SAG), disse que confia que as conversas com as companhias de Hollywood terminem com um resultado satisfatório para ambas as partes e evitem uma greve como a convocada recentemente pelos roteiristas.
"Se os produtores deixarem de procurar nos tirar tudo o que ganhamos no passado e nos derem um pouquinho, não haverá greve. Eu não a quero e eles também não, mas o convênio tem que ser justo. Não podem nos pressionar com um convênio dizendo que se não aceitarmos, a indústria vai se fechar", afirmou Morales.
A SAG negociará sozinha com as produtoras, depois que não houve um acordo com o outro grande sindicato de atores, o American Federation of Television and Radio Artists (AFTRA), que fará suas próprias reivindicações em 28 de abril.
Tanto o AFTRA quanto o SAG decidiram pela manifestação em um gesto de unidade com o resto dos empregados que encaram um novo marco de regulação com suas empresas em 2008.
"A grande maioria dos atores ganha o mesmo que um professor. Eles lutam pelo sonho de ser um desses atores que obtêm muitos milhões de dólares anuais, e por isso estão aqui, porque se assemelham mais a um estivador do que a um ator milionário", disse María Elena Durazo, secretária executiva do Los Angeles County Federation of Labor.
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