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01/12/2003
-
04h44
da Folha de S.Paulo
Para decifrar o código genético do formato coletivo, o professor coordenador do núcleo CiberIDEA da UFRJ, Henrique Antoun, contrapõe diferentes relações sociais: "As organizações de massa privilegiam as relações de consumo do mercado ou as relações fortes das instituições --família, trabalho, escola, etc. Os coletivos vêm de relações fracas, laterais e ocasionais, como turmas de praia, azaração, festas, conversa, programa, boemia. O principal problema era a casualidade e instabilidade em que era gerado".
"Com a emergência das redes de comunicação, como internet e celulares, e do trabalho autônomo intelectual, esses coletivos vão poder ultrapassar sua instabilidade e poder se tornar uma forma privilegiada de organização", conclui o professor.
"Artistas de todos os campos estão trocando a competição comercial pela colaboração", define Daniel Poeira.
O grupo A Revolução enfatiza que não é apenas "oposição ao sistema estabelecido de circulação de idéias e mercadorias. É preciso buscar pontos de interseção para entrar, agir e sair".
Da ponta da região norte do Brasil, um exemplo prático: "Como em Macapá não há museus, galerias e nem críticos, não temos a instituição Arte para combater", explica Arthur Leandro, do Grupo Urucum.
"Por isso, o coletivo é mais como a tentativa de institucionalizar uma prática artística independente de mercado e voltada para a mobilidade social."
E além: "A idéia é transformar a realidade em dúvida. Intervir em locais inusitados e documentar a reação das pessoas frente ao bombardeio sensorial desconexo", conta Felipe Braitt, do coletivo Radioatividade.
"O coletivo está aí para ser o contraponto das formas autoritárias e hierárquicas", contam os integrantes do grupo Sabotagem. "Numa sociedade onde trabalhamos a toda hora e em todo lugar, cada vez mais se cria uma mentalidade de se fazer algo com prazer ou então não fazer. Nós não estamos dispostos a nos sacrificar em nome de organizações para formar políticos ou portfólios", resumem.
Leia mais
Núcleos de produção sem hierarquia fundem ativismo e diversão
Conheça alguns "coletivos"
"Grupos são forma privilegiada de organização", diz especialista
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Para decifrar o código genético do formato coletivo, o professor coordenador do núcleo CiberIDEA da UFRJ, Henrique Antoun, contrapõe diferentes relações sociais: "As organizações de massa privilegiam as relações de consumo do mercado ou as relações fortes das instituições --família, trabalho, escola, etc. Os coletivos vêm de relações fracas, laterais e ocasionais, como turmas de praia, azaração, festas, conversa, programa, boemia. O principal problema era a casualidade e instabilidade em que era gerado".
"Com a emergência das redes de comunicação, como internet e celulares, e do trabalho autônomo intelectual, esses coletivos vão poder ultrapassar sua instabilidade e poder se tornar uma forma privilegiada de organização", conclui o professor.
"Artistas de todos os campos estão trocando a competição comercial pela colaboração", define Daniel Poeira.
O grupo A Revolução enfatiza que não é apenas "oposição ao sistema estabelecido de circulação de idéias e mercadorias. É preciso buscar pontos de interseção para entrar, agir e sair".
Da ponta da região norte do Brasil, um exemplo prático: "Como em Macapá não há museus, galerias e nem críticos, não temos a instituição Arte para combater", explica Arthur Leandro, do Grupo Urucum.
"Por isso, o coletivo é mais como a tentativa de institucionalizar uma prática artística independente de mercado e voltada para a mobilidade social."
E além: "A idéia é transformar a realidade em dúvida. Intervir em locais inusitados e documentar a reação das pessoas frente ao bombardeio sensorial desconexo", conta Felipe Braitt, do coletivo Radioatividade.
"O coletivo está aí para ser o contraponto das formas autoritárias e hierárquicas", contam os integrantes do grupo Sabotagem. "Numa sociedade onde trabalhamos a toda hora e em todo lugar, cada vez mais se cria uma mentalidade de se fazer algo com prazer ou então não fazer. Nós não estamos dispostos a nos sacrificar em nome de organizações para formar políticos ou portfólios", resumem.
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