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08/12/2003
-
18h14
da France Presse, em Havana
O filme "Carandiru", oitavo longa de Héctor Babenco, tem sido apontado como favorito ao prêmio Coral, do 25º Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano, que está acontecendo em Havana (Cuba).
Bem recebido pela crítica e com filas nas salas onde está sendo exibido, "Carandiru" chegou a Cuba com o caminho aberto pelo vencedor do ano passado, "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles e Katia Lund.
Com roteiro de Babenco, Víctor Navas e Fernando Bonassi, o filme fala do cotidiano no Carandiru, maior casa de detenção da América Latina (desativada e demolida em dezembro do ano passado). A penitenciária tinha capacidade para abrigar 3 mil presos, mas na época em que foi desativa tinha uma população de 7.500.
O filme é baseado no livro "Estação Carandiru", de Dráuzio Varella, que foi médico de Babenco e desenvolveu um trabalhou de prevenção à Aids no presídio.
O texto do livro "mostrava que na América Latina havia um presídio com a forma de um macrossistema social, uma espécie de grande favela, onde, apesar da promiscuidade total (...), as pessoas encontravam um modo de conviver para não se matarem, fazendo com que os níveis de violência fossem infinitamente inferiores aos de fora da prisão", disse Babenco em entrevista.
No elenco do filme estão os atores Luiz Carlos Vasconcelos, Milton Gonçalves, Ivan de Almeida, Ailton Graça, Rodrigo Santoro, Caio Blat e Maria Luisa Mendonça, entre 26 atores principais, 120 secundários e mais de mil figurantes.
"Na cultura brasileira funciona muito bem o trabalho com atores desconhecidos, mais do que um sistema de estrelas", disse Babenco ao jornal "Festival", publicado pelo comitê organizador do evento.
A crítica disse existir uma relação entre os personagens de "Carandiru" e os de "Pixote - A Lei do Mais Fraco", mas Babenco esclareceu que "de modo algum é uma continuação ou uma segunda parte".
"Percebi (esse aspecto) já na etapa dos testes, nunca antes. Soube então, para minha surpresa, que as crianças de 'Pixote' eram os adultos de 'Carandiru'", afirmou.
Segundo a crítica, "Carandiru" prende a atenção do espectador em seus 152 minutos de duração, convencendo pela solidez de seu roteiro e pela atuação dos atores.
"Carandiru" conquista público e crítica no Festival de Havana
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O filme "Carandiru", oitavo longa de Héctor Babenco, tem sido apontado como favorito ao prêmio Coral, do 25º Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano, que está acontecendo em Havana (Cuba).
Bem recebido pela crítica e com filas nas salas onde está sendo exibido, "Carandiru" chegou a Cuba com o caminho aberto pelo vencedor do ano passado, "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles e Katia Lund.
Com roteiro de Babenco, Víctor Navas e Fernando Bonassi, o filme fala do cotidiano no Carandiru, maior casa de detenção da América Latina (desativada e demolida em dezembro do ano passado). A penitenciária tinha capacidade para abrigar 3 mil presos, mas na época em que foi desativa tinha uma população de 7.500.
O filme é baseado no livro "Estação Carandiru", de Dráuzio Varella, que foi médico de Babenco e desenvolveu um trabalhou de prevenção à Aids no presídio.
O texto do livro "mostrava que na América Latina havia um presídio com a forma de um macrossistema social, uma espécie de grande favela, onde, apesar da promiscuidade total (...), as pessoas encontravam um modo de conviver para não se matarem, fazendo com que os níveis de violência fossem infinitamente inferiores aos de fora da prisão", disse Babenco em entrevista.
No elenco do filme estão os atores Luiz Carlos Vasconcelos, Milton Gonçalves, Ivan de Almeida, Ailton Graça, Rodrigo Santoro, Caio Blat e Maria Luisa Mendonça, entre 26 atores principais, 120 secundários e mais de mil figurantes.
"Na cultura brasileira funciona muito bem o trabalho com atores desconhecidos, mais do que um sistema de estrelas", disse Babenco ao jornal "Festival", publicado pelo comitê organizador do evento.
A crítica disse existir uma relação entre os personagens de "Carandiru" e os de "Pixote - A Lei do Mais Fraco", mas Babenco esclareceu que "de modo algum é uma continuação ou uma segunda parte".
"Percebi (esse aspecto) já na etapa dos testes, nunca antes. Soube então, para minha surpresa, que as crianças de 'Pixote' eram os adultos de 'Carandiru'", afirmou.
Segundo a crítica, "Carandiru" prende a atenção do espectador em seus 152 minutos de duração, convencendo pela solidez de seu roteiro e pela atuação dos atores.
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