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09/12/2003 - 04h46

Debate celebra "dona" Gilda

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CASSIANO ELEK MACHADO
da Folha de S.Paulo

Há muitos anos a ensaísta Gilda de Mello e Souza vem sendo chamada carinhosamente de "dona" Gilda. Não é um "dona" qualquer. Aos 84 anos, a crítica de arte, escritora, professora de estética é "dona" de uma trajetória exemplar no humanismo brasileiro.

É essa "propriedade" intelectual o mote de uma homenagem a ela, programada para esta noite, em São Paulo. Aproveitando o relançamento de um dos trabalhos mais importantes da autora, "O Tupi e o Alaúde" (1979), será realizada hoje no Museu da Imagem e do Som uma mesa-redonda em homenagem a ela.

O debate reúne Augusto Massi, Maria Augusta Fonseca e José Miguel Wisnik, não por acaso três professores da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH, ou "fefeleche") da USP. Foi nela que Gilda de Mello e Souza "se fez" e fez tantos outros.

A USP foi criada em 1935. "Dona" Gilda se formou em filosofia em 1940. Três anos depois, a aluna já era professora-assistente, braço direito do sociólogo francês Roger Bastide --que orientou sua tese "A Moda no Século 19", de 52.

Depois professora de estética, mestra de intelectuais à Paulo Arantes e Bento Prado Jr., a ensaísta, mulher do crítico Antonio Candido, não ficou no limite da filosofia. "O Tupi e o Alaúde", leitura de "Macunaíma", do parente Mário de Andrade, é prova de seu ecletismo --e sua originalidade.

"Sou um tupi tangendo um alaúde", escreveu Mário em "Paulicéia Desvairada". E ela tira dessa única frase duas teses fortes: a de que "Macunaíma" também é música ("retoma o processo compositivo da música popular") e o debate da migração de formas populares européias (o alaúde) para a visão brasileira (o tupi). É só um exemplo. Uma das muitas idéias celebradas hoje das quais Gilda de Mello e Souza foi (e é) "dona"

HOMENAGEM A GILDA DE MELLO E SOUZA
Quando:
hoje, às 19h30
Onde: MIS (av. Europa, 158, São Paulo, tel. 0/ xx/11/ 3064-6827)
Quanto: grátis

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