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12/12/2003 - 06h01

Ruído: RPM rompe com a indústria e sobrevive

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PEDRO ALEXANDRE SANCHES
da Folha de S.Paulo

O RPM de Paulo Ricardo gesta sua grande revolução interna. Para continuar existindo, após dezenas de idas e vindas, o grupo pop de maior sucesso dos anos 80 rompeu com a gravadora Universal e com Manoel Poladian ("por razões de ordem pessoal", segundo o empresário), projetou uma empresa independente (RPM S/A) e chamou a dupla eletrônica jovem alagoana Sonic Jr. para a produção de seu próximo trabalho.

O fotógrafo Rui Mendes, que neste ano abriu um selo independente e lançou o segundo disco do Sonic Jr., é um dos idealizadores da virada com o velho amigo Paulo Ricardo. Ele contorna maiores explicações, por ora: "O RPM começa a gravar o álbum dia 5 de janeiro. Vai sair independente, mais ou menos como faz Marisa Monte, com autogestão, sem empresário, sem gravadora".

A intenção é que o disco "RPM S/A" seja apenas distribuído por uma grande gravadora. Outro plano é unir música, imagem e moda --o RPM quer relançar o fetiche pelas camisetas de banda, também por intermédio do RPM S/A. Um dos motores do projeto seria desarmar a recorrente visão do RPM como um grupo de armação de gravadora --e de tecnopop.

O não-lançamento

"Mondo Cane" (92), de Lulu Santos, é um daqueles discos de atrito entre artista e gravadora. Marcou uma passagem-relâmpago de Lulu pela PolyGram (hoje Universal), ficando como um CD de faixas obscuras que não teve reedições posteriores. As letras eram barra-pesada, do tipo "o amor devia ser proibido/ porque é uma droga pesada", e na capa Lulu dava a entender que andava se achando cachorro vira-lata. Mas no meio da borrasca havia a desesperada "Apenas Mais uma de Amor", destinada a virar clássico imediato do pop ao perfurar o amor como "uma idéia que existe na cabeça e não tem a menor obrigação de acontecer". O disco não aconteceu, a Universal sumiu e no ano passado Lulu chegou a disponibilizar "Mondo Cane" temporariamente em seu site, em MP3. Sem a menor obrigação.

Seu Jorge do mundo

Seu Jorge não faz só o papel do marinheiro Pelé no filme "The Life Aquatic", de Wes Anderson, com Cate Blanchett, Anjelica Houston e Willem Dafoe no elenco. Seu Jorge grava, na Itália, participação na trilha sonora, que terá também David Bowie.

Seu Jorge na grife

Enquanto isso, no Brasil, a marca de roupa Mandi abre um selo musical que estréia justamente com Seu Jorge. Seu CD de estréia, "Samba Esporte Fino" (2001), está sendo relançado pela loja (a mesma que levou Marcelo D2 à Daslu) com o marqueteiro subtítulo "Seu Jorge Veste Mandi".

Tecnodaniela

Daniela Mercury convocou uma trupe de DJs e músicos jovens para disco em que tentará redirecionar sua carreira. Eduardo BiD produz "Amor de Carnaval", inédita de 1962 de Gilberto Gil, com o ministro na voz e no violão. O DJ Zé Pedro cuida de "Vou Batê pa Tu", sucesso hippie alucinado da dupla Baiano e Os Novos Caetanos (ou seja, os humoristas-compositores Chico Anysio e Arnaud Rodrigues) em 1974.

Silêncio

A coluna "Ruído" está em férias a partir de hoje.

E-mail: psanches@folhasp.com.br
 

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