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19/12/2003 - 08h27

DJ Fenton volta com "apelo brasileiro"

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THIAGO NEY
da Folha de S.Paulo

Se o tecno está acabando, como proclamam alguns, esqueceram de avisar aos clubbers brasileiros. O DJ Ade Fenton retorna ao país para apresentar seu disco novo, feito em homenagem ao público que o assistiu em festa em São Paulo, no começo do ano. E diz que o gênero está crescendo em ritmo acelerado por aqui, mais do que em seu país, a Inglaterra.

"Atualmente há mais pessoas que gostam de tecno no Brasil do que na Inglaterra", afirma Fenton. "Os DJs ingleses de tecno tocam muito mais fora do país, na Europa, Ásia e América do Sul."

Fenton está escalado para a festa Circuito que acontece amanhã, à beira de um lago em São Bernardo do Campo, ao lado de brasileiros como Murphy e PET Duo.

O disco que ele traz junto é o EP de três músicas "Circuito É Vida", que será lançado na Europa em janeiro, pelo seu selo, Advanced Records. "Queria um disco que tivesse um certo apelo brasileiro; que tentasse representar o jeito que as pessoas daqui adoram o tecno." Fenton é, também, o comandante das noites Atomic Jam, uma das principais do cenário tecno inglês, que chegam a reunir 2.500 pessoas. "O clube existe há nove anos e parece que ainda não perdeu a energia", comemora.

Fenton é defensor ferrenho da conexão DJ/produtor. Para ele, com a concorrência que existe hoje, um DJ que queira se tornar conhecido mundialmente deve, além de tocar música, fazê-la.

"Há dez anos, quando Carl Cox, Sasha, Grooverider estouraram, eles não precisavam fazer músicas; conseguiam ser famosos apenas como DJs. Hoje você tem que fazer música para ser reconhecido e conseguir datas para tocar."

O som que Fenton mostra em seus sets é tecno, mas um pouco mais do que isso. É tecno hard, pesado, mas com muitas variações de EBM, com timbres de rock industrial. "Sou fã de Nine Inch Nails, Deftones, Marilyn Manson."

Para o DJ, a dance music revolucionária, inovadora, está difícil de ser encontrada. "Estamos num ponto em que algo precisa mudar. Não sei se precisa chamar de crise. A dance está aí há mais de 15 anos, e atualmente muita gente faz música com base em fórmulas", diz. "Eu mesmo fiquei entediado com o tecno há um ano e meio. Queria idéias novas. As pessoas se cansaram de ouvir sempre as mesmas coisas, as mesmas batidas."

Fenton cita como exemplo a falência de três grandes distribuidoras de discos na Inglaterra. "Mas acho que isso é até uma coisa boa. Sobraram poucas distribuidoras, e agora os maus produtores não terão como vender suas músicas."

Em um clima um pouco mais "leve", acontece também amanhã festa do núcleo de house Colors, com o DJ norte-americano Jay-J. De San Francisco, Jay-J toca house bem grooveada.

CIRCUITO
Onde:
Dieters (est. José Moura, 60, Bairro Batistini, São Bernardo do Campo, São Paulo
Informações: www.circuitotechno.ig.com.br
Quando: amanhã, a partir das 23h30
Quanto: de R$ 35 a R$ 45

COLORS
Onde:
Supperclub (r. Brigadeiro Galvão, 871, SP, tel. 0/xx/11/ 3661-3894). Quando: amanhã, a partir das 23h
Quanto: de R$ 15 a R$ 20
 

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