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21/12/2003 - 06h57

Neta de ACM vira apresentadora da Globo

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CLÁUDIA CROITOR
Free-lance para a Folha de S.Paulo, do Rio

Se o avô tivesse de escolher uma profissão para a ela, com certeza não seria na televisão. "Ele iria querer eu tivesse uma profissão mais "formal", advogada, economista", diz Carolina Magalhães, 24, neta do senador baiano Antonio Carlos Magalhães (PFL) e a mais nova apresentadora do "Jovens Tardes", musical da Globo que reestréia hoje às 13h35 e terá cinco edições dominicais. "Mas tenho certeza de que não o desagrado; ele nunca me falou nada."

Filha do deputado Luís Eduardo Magalhães, morto em 1998, Carolina foi "descoberta" há alguns meses por Marlene Mattos, que gostou da moça por causa de uma foto de um dos trabalhos esporádicos que faz como modelo.

Sem nunca ter feito televisão na vida --apesar de estar familiarizada com o meio por causa da mãe, Michelle, uma espécie de Amaury Júnior da Bandeirantes baiana, e de ser uma das herdeiras da TV Bahia, afiliada da Rede Globo que pertence a seu avô--, um dia a menina recebeu um telefonema da ex-empresária de Xuxa.

"A Marlene me ligou do nada, eu nunca tinha falado com ela. Levei um susto, ela disse que queria que eu participasse do programa, mas não falou que era para ser uma das apresentadoras. Fui para o Rio alguns dias depois, conversamos, fiz testes e em duas semanas eu já estava gravando", conta.

"Ela me perguntou o que eu sabia fazer. Disse que não sabia fazer muita coisa, mas que poderia aprender. E Marlene gostou disso", diz. Com as gravações, Carolina começou a aprender canto, a dançar e a ter aulas de dicção.

Quase formada em economia -"meu pai me incentivou a fazer o curso, mas hoje vejo que não tem muito a ver comigo"-, ela largou a faculdade no último semestre para morar em São Paulo depois que engravidou e resolveu casar com o empresário Raphael Guinle, de quem está separada atualmente e com quem tem um filho de três anos, Luís Eduardo. Há alguns meses, namora o apresentador Marcos Mion, ex-MTV e, em breve, ex-TV Bandeirantes.

Em São Paulo, trabalhou por três anos como vendedora da Daslu, badalada butique paulistana, onde tinha colegas como a filha do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Peso do sobrenome

Carolina não nega que ser neta de um dos principais nomes da política brasileira abre portas, mas diz que às vezes prejudica.

"Às vezes eu tenho oportunidades por causa do sobrenome, respeitam a figura do meu avô, querem agradar de alguma maneira. Mas também as coisas ficam difíceis, porque sempre estou ligada ao nome e quero mostrar que eu tenho os meus valores."

Apesar de ser filha, neta, prima de políticos, Carolina conta que nunca pensou em seguir carreira na política. "Imagine, nunca passou pela minha cabeça", diz ela, que votou em Lula na última eleição e começou a acompanhar política pelos jornais depois que aceitou o trabalho na Globo.

"Eu acompanho porque estou em evidência, dou entrevistas, sempre me perguntam coisas."

Longe ela tenta ficar das notícias negativas sobre ACM. "Eu nem leio, senão às vezes a gente acaba acreditando nas coisas que falam, que nem sempre são verdade. Mas tenho opinião formada sobre meu avô e nada vai mudá-la, então nada disso me incomoda."

Já incomodou, no entanto. "Quando eu era criança, adolescente, isso mexia muito comigo. Às vezes na escola os professores falavam mal dele na minha frente. Ele é senador, é político, mas é meu avô, poxa. E é um amor, supercarinhoso. Não tem nada de bravo, como dizem por aí."
 

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