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02/01/2004
-
05h05
SHIN OLIVA SUZUKI
da Folha de S.Paulo
"O Lixo e a Fúria" (2000), de Julien Temple, foi produzido com a ambição de ser o documentário definitivo sobre os Sex Pistols. Conseguiu.
Possuía dramaticidade e substância em doses certas, além da autoridade de Temple, que esteve presente na radical transformação da música e cultura britânica provocada pelo aparecimento de Johnny Rotten e cia.
Então, qual é o sentido de lançar apenas dois anos depois mais um registro sobre começo, meio e fim da mais impactante banda do movimento punk?
Talvez porque fosse heresia excluir, de uma série intitulada "Classic Albums", "Nevermind the Bollocks" --disco que legitimou os Pistols como grupo de rock e sedimentou seu lugar na história do gênero.
A idéia do programa, que o canal GNT exibe amanhã, é reconstituir o processo de gravação de alguns dos álbuns mais essenciais, o que inclui entrevistas com produtores, engenheiros de som etc. Existe algo mais antipunk do que discutir a respeito de timbres de guitarra e técnicas afins?
Mas é isso que se estabelece como ponto de interesse do documentário, que, ao ocupar boa parte de seu tempo relatando as origens e infâmias do grupo, chove no molhado.
Os depoimentos dos produtores Chris Thomas e Bill Price relembram, sim, que Sid Vicious não tinha a mínima condição de tocar baixo no disco, mas revelam os improvisos sonoros que o guitarrista Steve Jones realizou em seu instrumento --como tocar uma oitava abaixo-- e que conseguiram aumentar o ataque sonoro de "Nevermind...".
Detalhes sobre o processo de composição dentro dos Pistols também demonstram que, embora o ódio mútuo fosse reinante entre seus integrantes, a química interna era perfeita para produzir a banda mais raivosa de seu tempo.
CLASSIC ALBUMS - NEVERMIND THE BOLLOCKS - HERE'S THE SEX PISTOLS.
Quando: amanhã, às 13h30, no GNT.
Seriado disseca obra-prima dos Sex Pistols
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da Folha de S.Paulo
"O Lixo e a Fúria" (2000), de Julien Temple, foi produzido com a ambição de ser o documentário definitivo sobre os Sex Pistols. Conseguiu.
Possuía dramaticidade e substância em doses certas, além da autoridade de Temple, que esteve presente na radical transformação da música e cultura britânica provocada pelo aparecimento de Johnny Rotten e cia.
Então, qual é o sentido de lançar apenas dois anos depois mais um registro sobre começo, meio e fim da mais impactante banda do movimento punk?
Talvez porque fosse heresia excluir, de uma série intitulada "Classic Albums", "Nevermind the Bollocks" --disco que legitimou os Pistols como grupo de rock e sedimentou seu lugar na história do gênero.
A idéia do programa, que o canal GNT exibe amanhã, é reconstituir o processo de gravação de alguns dos álbuns mais essenciais, o que inclui entrevistas com produtores, engenheiros de som etc. Existe algo mais antipunk do que discutir a respeito de timbres de guitarra e técnicas afins?
Mas é isso que se estabelece como ponto de interesse do documentário, que, ao ocupar boa parte de seu tempo relatando as origens e infâmias do grupo, chove no molhado.
Os depoimentos dos produtores Chris Thomas e Bill Price relembram, sim, que Sid Vicious não tinha a mínima condição de tocar baixo no disco, mas revelam os improvisos sonoros que o guitarrista Steve Jones realizou em seu instrumento --como tocar uma oitava abaixo-- e que conseguiram aumentar o ataque sonoro de "Nevermind...".
Detalhes sobre o processo de composição dentro dos Pistols também demonstram que, embora o ódio mútuo fosse reinante entre seus integrantes, a química interna era perfeita para produzir a banda mais raivosa de seu tempo.
CLASSIC ALBUMS - NEVERMIND THE BOLLOCKS - HERE'S THE SEX PISTOLS.
Quando: amanhã, às 13h30, no GNT.
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