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06/01/2004
-
08h03
da Folha de S.Paulo
Entre os eventos que celebram os 450 anos de São Paulo, "Paulicéia: Poetas e Músicos Cantam a Cidade", série de quatro apresentações que tem início hoje, explora a inspiração em canções e versos vinda de lugares e particularidades da terra da garoa.
Curado pela cantora Eliete Negreiros, o projeto terá quatro shows no Sesc Pinheiros todas as terças, até o próximo dia 27, com duplas de cantores e músicos escolhidos por refletirem a cidade de alguma forma dentro de sua produção.
Zé Miguel Wisnik e Ná Ozzetti abrem "Paulicéia", seguidos por Arrigo Barnabé e Passoca, Suzana Salles e Dante Ozzetti, com encerramento de Eduardo Gudin e Vânia Bastos. Cada apresentação será introduzida por leituras de poemas de Mário e Oswald de Andrade e dos irmãos Augusto e Haroldo de Campos, feitas pelo ator Elias Andreato.
"A idéia foi reunir a fina flor da cena paulistana da literatura e da música. São pessoas que cantam ou escreveram sobre a cidade em seus trabalhos. Eles encarnam a polifonia de São Paulo", afirma Eliete Negreiros.
Arrigo Barnabé, por exemplo, irá reviver "Cidade Oculta", trilha sonora do filme homônimo de 1985, em que emerge a São Paulo noturna e dos cantos obscuros. Na mesma noite, Passoca visita Adoniran Barbosa --cujo repertório inédito foi gravado pelo cantor em disco de 2000-- e seu clássico "Sonora Garoa", descrição do início de mais um típico dia de trabalho na capital paulista.
Vânia Bastos e Eduardo Gudin fazem referência à avenida Paulista no repertório, e Suzana Salles, ao lado do violonista e compositor Dante Ozzetti, apresenta entre outras, "Sampa Midnight", composição de Itamar Assumpção.
Na abertura, Zé Miguel Wisnik e Ná Ozzetti fazem piano e voz para combinações como a do poema "Lira Paulistana", de Mário de Andrade, sobre a melodia de "2001", escrita por Tom Zé e Rita Lee. "Inverno (Anhagabaú da Felicidade)" aborda o litígio entre o teatro Oficina e o grupo Silvio Santos. "Não poderia viver em nenhuma outra cidade. Os afetos são sempre ambivalentes. Amo o real em SP, que é uma cidade nada idílica, mas amo uma cidade que tem gente", diz Wisnik.
PAULICÉIA: POETAS E MÚSICOS CANTAM A CIDADE - Shows em comemoração dos 450 anos da cidade de São Paulo
Onde: Sesc Pinheiros (av. Rebouças, 2.876, Pinheiros, tel. 3815-3999)
Quando: todas as terças, até 27/1, às 21h; hoje, Zé Miguel Wisnik e Ná Ozzetti; 13/1, Arrigo Barnabé e Passoca; 20/1, Suzana Salles e Dante Ozzetti; 27/1, Eduardo Gudin e Vânia Bastos
Quanto: de R$ 4 a R$ 10
"Paulicéia" canta a inspiração da cidade
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Entre os eventos que celebram os 450 anos de São Paulo, "Paulicéia: Poetas e Músicos Cantam a Cidade", série de quatro apresentações que tem início hoje, explora a inspiração em canções e versos vinda de lugares e particularidades da terra da garoa.
Curado pela cantora Eliete Negreiros, o projeto terá quatro shows no Sesc Pinheiros todas as terças, até o próximo dia 27, com duplas de cantores e músicos escolhidos por refletirem a cidade de alguma forma dentro de sua produção.
Zé Miguel Wisnik e Ná Ozzetti abrem "Paulicéia", seguidos por Arrigo Barnabé e Passoca, Suzana Salles e Dante Ozzetti, com encerramento de Eduardo Gudin e Vânia Bastos. Cada apresentação será introduzida por leituras de poemas de Mário e Oswald de Andrade e dos irmãos Augusto e Haroldo de Campos, feitas pelo ator Elias Andreato.
"A idéia foi reunir a fina flor da cena paulistana da literatura e da música. São pessoas que cantam ou escreveram sobre a cidade em seus trabalhos. Eles encarnam a polifonia de São Paulo", afirma Eliete Negreiros.
Arrigo Barnabé, por exemplo, irá reviver "Cidade Oculta", trilha sonora do filme homônimo de 1985, em que emerge a São Paulo noturna e dos cantos obscuros. Na mesma noite, Passoca visita Adoniran Barbosa --cujo repertório inédito foi gravado pelo cantor em disco de 2000-- e seu clássico "Sonora Garoa", descrição do início de mais um típico dia de trabalho na capital paulista.
Vânia Bastos e Eduardo Gudin fazem referência à avenida Paulista no repertório, e Suzana Salles, ao lado do violonista e compositor Dante Ozzetti, apresenta entre outras, "Sampa Midnight", composição de Itamar Assumpção.
Na abertura, Zé Miguel Wisnik e Ná Ozzetti fazem piano e voz para combinações como a do poema "Lira Paulistana", de Mário de Andrade, sobre a melodia de "2001", escrita por Tom Zé e Rita Lee. "Inverno (Anhagabaú da Felicidade)" aborda o litígio entre o teatro Oficina e o grupo Silvio Santos. "Não poderia viver em nenhuma outra cidade. Os afetos são sempre ambivalentes. Amo o real em SP, que é uma cidade nada idílica, mas amo uma cidade que tem gente", diz Wisnik.
PAULICÉIA: POETAS E MÚSICOS CANTAM A CIDADE - Shows em comemoração dos 450 anos da cidade de São Paulo
Onde: Sesc Pinheiros (av. Rebouças, 2.876, Pinheiros, tel. 3815-3999)
Quando: todas as terças, até 27/1, às 21h; hoje, Zé Miguel Wisnik e Ná Ozzetti; 13/1, Arrigo Barnabé e Passoca; 20/1, Suzana Salles e Dante Ozzetti; 27/1, Eduardo Gudin e Vânia Bastos
Quanto: de R$ 4 a R$ 10
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