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09/01/2004 - 13h48

Tintin completa 75 anos com uma série de eventos na Bélgica

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LEON BRUNEA
da France Presse, em Bruxelas

Tintin completará 75 anos amanhã, um acontecimento celebrado na Bélgica, seu país natal, com uma série de eventos em homenagem ao intrépido repórter e seu criador Hergé. Até hoje, as aventuras da personagem fascinam o mundo inteiro.

Os fãs de Tintin terão a oportunidade de desfrutar as últimas aventuras do herói dos quadrinhos, pois editora Casterman está reeditando o mítico e inacabado álbum "Tintin e Alph-Art", oficialmente o número 24 da série.

Depois da primeira aparição da personagem, no dia 10 de janeiro de 1929 em "Les aventures de Tintin au pays des soviets' ("As aventuras de Tintin no país dos sovietes"), publicado no caderno juvenil do jornal belga "Vingtième Siècle", outras 23 histórias de Tintin foram publicadas e traduzidas em mais de 60 idiomas, com mais de 200 milhões de exemplares vendidos no mundo.

"Tintin está mais vivo do que nunca", declarou Nick Rodwell, marido da viúva de Hergé, Fanny Rodwell, e administrador da Fundação Hergé e da empresa Moulinsart, responsável por proteger, promover e comercializar a obra do desenhista belga.

Rodwell citou o exemplo do acordo de princípio para a adaptação das aventuras de Tintin para o cinema pelo diretor norte-americano Steven Spielberg e a construção do museu Hergé em Louvain-la-Neuve, a 30 km de Bruxelas, em 2007, ano do centenário do nascimento do desenhista.

Para celebrar os 75 anos de Tintin, a Fundação Hergé e a Moulinsart, seu ramo comercial, participam de diversas homenagens, entre elas exposições na Bélgica e no exterior.

A fundação organiza, entre 1º de janeiro e 30 de junho, uma exposição com o título "Tintin e a cidade" na cidade de Bruxelas. Além disso, co-patrocina várias outras na França, Reino Unido e na Holanda, precisou Sophie Tchang, encarregada pelas exposições.

Em Londres, Tintin será, a partir de 31 de março, o convidado de honra do Museu Nacional da Marinha em uma exposição sobre suas aventuras no mar.

Paralelamente, o Centro de Quadrinhos de Bruxelas vai criar um novo "Espaço Hergé".

O governo belga lançou esta semana uma moeda de de prata de 10 euros com a imagem de Tintin e de seu cão Milú, a primeira do gênero.

"Os quadrinhos de Hergé concederam uma grande nobreza à arte belga", afirmou hoje o ministro belga das Finanças, Didier Reynders, ao apresentar a nova moeda.

Influência

Nascido em 22 de maio de 1907 em Etterbeek, subúrbio de Bruxelas, Hergé, cujo nome verdadeiro era Georges Remi, é considerado o pai dos quadrinhos europeus. Hergé morreu em 1983 deixando como única herdeira sua esposa, Fanny.

Os meios de comunicação belgas, assim como os da França, onde Tintin é um herói muito popular, prepararam edições especiais para o aniversário da personagem.

A editora Casterman, que publica as aventuras de Tintin há 70 anos, reeditou "Tintin e o Alph-Art", uma história de falsificações no meio da arte contemporânea que Hergé deixou inacabada ao morrer e que foi lançada pela primeira vez em 1986.

"Vamos, de pé. Adiante, chegou a hora de transformar-se em César". Estas são as últimas palavras da última página do quadrinho, pronunciadas por um guardião que ameaça Tintin, que corre o risco de virar estátua. Como o intrépido repórter conseguiu escapar desta situação? Nunca saberemos...
 

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