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14/01/2004
-
03h15
LAURA MATTOS
da Folha de S.Paulo
Frustrados no primeiro ano do governo Lula, defensores de rádios comunitárias viram com bons olhos a ida do ex-sindicalista Pedro Jaime Ziller para a presidência da Anatel.
Seu nome, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alivia provisoriamente a tradicional tensão entre emissoras dessa natureza e a Agência Nacional de Telecomunicações. Para as comunitárias, ele poderá atenuar a repressão às estações sem autorização do governo para operar, de responsabilidade da Anatel.
Por esse mesmo motivo, a mudança fez o sinal amarelo acender na Abert (associação brasileira das rádios comerciais), considerada "rival" das comunitárias.
O mineiro Ziller, 58, foi diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações (Sinttel) e da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações (Fittel). Há uma semana, substituiu Luiz Guilherme Schymura na presidência da agência, numa manobra de Lula.
Em 2003, houve decepção do movimento de rádios comunitárias, o qual avaliou que a Anatel manteve o fechamento de emissoras no mesmo ritmo dos tempos tucanos (ainda não foi divulgado o balanço oficial de 2003).
"Temos certeza de que o Pedro Jaime [Ziller] irá colocar as coisas no lugar. Ele já esteve conosco na luta pela democratização dos meios de comunicação", diz José Guilherme Castro, secretário de comunicação da Abraço (Associação Brasileira de Rádios Comunitárias) --representante de cerca de 4.500 estações.
Nesta semana, a entidade encaminha ofício a Ziller, a fim de tentar marcar uma reunião. A expectativa é de que o presidente, ligado à telecomunicação, leve à Anatel mais especialistas em radiodifusão para que haja uma reformulação na área de fiscalização.
*
A ida do ex-sindicalista à Anatel serviu também para abrandar o descontentamento das comunitárias gerado pelas especulações de que o deputado federal Eunício Oliveira (PMDB-CE) assumiria o Ministério das Comunicações.
O movimento teme pelo fato de o parlamentar ser dono de rádios comerciais no Ceará e em Goiás.
*
Para os 450 anos de SP, a rádio Bandeirantes lança o livro "São Paulo - A Trajetória de uma Cidade" (ed. Nobel, 76 págs., R$ 59). Vale mais por um CD encartado, com entrevistas de seu arquivo. Tem o compositor Heitor Villa-Lobos (1887-1959) dizendo que sua participação na Semana de 22 não foi tão importante e a escritora Zélia Gattai, 86, descrevendo a avenida Paulista de sua infância.
As mais tocadas em São Paulo, de 3/1 a 7/1
1º- "Não Pedi pra me Apaixonar", Bokaloka
2º- "Vai Dar Namoro", Bruno & Marrone
3º- "Evidências", Daniel
4º- "Me Espera", Grupo Sorriso Maroto
5º- "Eu Sei que te Perdi", Leonardo
6º- "Pra Mudar a Minha Vida", Zezé Di Camargo & Luciano
7º- "Perdoa", Leci Brandão
8º- "A Brincadeira da Tomada", É o Tchan
9º- "Não Tem Saída", Belo & Alcione
10º- "Pago pra Ver", Zeca Pagodinho
Fonte: Crowley Broadcast Analysis do Brasil
E-mail: laura@folhasp.com.br
Novo presidente alivia tensão entre Anatel e rádios comunitárias
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da Folha de S.Paulo
Frustrados no primeiro ano do governo Lula, defensores de rádios comunitárias viram com bons olhos a ida do ex-sindicalista Pedro Jaime Ziller para a presidência da Anatel.
Seu nome, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alivia provisoriamente a tradicional tensão entre emissoras dessa natureza e a Agência Nacional de Telecomunicações. Para as comunitárias, ele poderá atenuar a repressão às estações sem autorização do governo para operar, de responsabilidade da Anatel.
Por esse mesmo motivo, a mudança fez o sinal amarelo acender na Abert (associação brasileira das rádios comerciais), considerada "rival" das comunitárias.
O mineiro Ziller, 58, foi diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações (Sinttel) e da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações (Fittel). Há uma semana, substituiu Luiz Guilherme Schymura na presidência da agência, numa manobra de Lula.
Em 2003, houve decepção do movimento de rádios comunitárias, o qual avaliou que a Anatel manteve o fechamento de emissoras no mesmo ritmo dos tempos tucanos (ainda não foi divulgado o balanço oficial de 2003).
"Temos certeza de que o Pedro Jaime [Ziller] irá colocar as coisas no lugar. Ele já esteve conosco na luta pela democratização dos meios de comunicação", diz José Guilherme Castro, secretário de comunicação da Abraço (Associação Brasileira de Rádios Comunitárias) --representante de cerca de 4.500 estações.
Nesta semana, a entidade encaminha ofício a Ziller, a fim de tentar marcar uma reunião. A expectativa é de que o presidente, ligado à telecomunicação, leve à Anatel mais especialistas em radiodifusão para que haja uma reformulação na área de fiscalização.
*
A ida do ex-sindicalista à Anatel serviu também para abrandar o descontentamento das comunitárias gerado pelas especulações de que o deputado federal Eunício Oliveira (PMDB-CE) assumiria o Ministério das Comunicações.
O movimento teme pelo fato de o parlamentar ser dono de rádios comerciais no Ceará e em Goiás.
*
Para os 450 anos de SP, a rádio Bandeirantes lança o livro "São Paulo - A Trajetória de uma Cidade" (ed. Nobel, 76 págs., R$ 59). Vale mais por um CD encartado, com entrevistas de seu arquivo. Tem o compositor Heitor Villa-Lobos (1887-1959) dizendo que sua participação na Semana de 22 não foi tão importante e a escritora Zélia Gattai, 86, descrevendo a avenida Paulista de sua infância.
As mais tocadas em São Paulo, de 3/1 a 7/1
1º- "Não Pedi pra me Apaixonar", Bokaloka
2º- "Vai Dar Namoro", Bruno & Marrone
3º- "Evidências", Daniel
4º- "Me Espera", Grupo Sorriso Maroto
5º- "Eu Sei que te Perdi", Leonardo
6º- "Pra Mudar a Minha Vida", Zezé Di Camargo & Luciano
7º- "Perdoa", Leci Brandão
8º- "A Brincadeira da Tomada", É o Tchan
9º- "Não Tem Saída", Belo & Alcione
10º- "Pago pra Ver", Zeca Pagodinho
Fonte: Crowley Broadcast Analysis do Brasil
E-mail: laura@folhasp.com.br
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