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20/01/2004
-
11h39
ANA MARÍA ECHEVERRÍA
da France Presse, em Mumbai
A poucos quilômetros do local em que acontece o Fórum Social Mundial, que pretende representar os excluídos do mundo, fica Film City, a famosa Hollywood de Mumbai (antiga Bombaim), onde no momento está sendo filmado um "remake" de uma telenovela colombiana.
O local abriga os estúdios de Bollywood, termo criado a partir da contração de Bombaim e Hollywood, a meca do cinema indiano.
Com 200 filmes ao ano --em sua maioria histórias de amor, salpicadas de cantos e danças, com um final feliz-- Bollywood é o coração da indústria cinematográfica deste imenso país, que produz quase 900 longas-metragens a cada 12 meses, um número maior do que o da cidade californiana.
Na Índia, mais até do que em Hollywood, as estrelas são idolatradas pelo público.
Em um estúdio a céu aberto em Film City, a atriz Mona Singh esconde seu belo rosto atrás de óculos imensos.
Ela é a atriz principal de "There is Nobody Like Shahira" ("Não há Ninguém Como Shahira"), a terceira telenovela mais popular no país de um bilhão de habitantes.
"Shahira trabalha em um escritório, é modesta e bondosa, mas muito eficiente. Todo mundo vem contar seus problemas, que ela ajuda a solucionar. Está apaixonada pelo patrão, mas ele nem olha para ela porque é feia", conta à France Presse uma das fãs da telenovela.
Ao ser lembrada da semelhança de sua personagem com a de uma novela colombiana, que registrou recordes de audiência na América Latina e se tornou a preferida da comunidade hispânica nos Estados Unidos, Mona Singh responde, em espanhol: "Yo soy Betty la Fea" ("Eu sou Betty, a Feia").
"A história fez tanto sucesso na América Latina que decidimos fazer uma versão", diz a artista à France Presse.
O fim da trama, com Betty ficando bela e chamando a atenção do chefe, ainda não é conhecido na Índia, onde só foram gravados 80 capítulos, dos 300 previstos, conta a estrela.
Film City também possui uma cadeia, uma aldeia e uma delegacia de polícia, onde são filmados os longas-metragens de ação, nos quais o herói Sharuk Kahn --que cobra US$ 1,5 milhão por filme-- sempre derrota os bandidos.
Apesar de contar com um gigantesco mercado interno, que garante a recuperação dos gastos, o cinema indiano sofreu nos últimos anos a concorrência dos canais de televisão a cabo.
Talvez por isso, além da inspiração em alguns filmes latino-americanos, o cinema indiano tenha voltado suas atenções para o continente, para onde pretende exportar seus filmes.
Em breve, 22 países da América Latina exibirão o filme de maior sucesso na Índia em 2002, "Kaho Naa.Pyar Hai", que receberá o nome de "Reencontro com o Destino", segundo a imprensa local.
Argentina, México e Chile estão entre os países que verão o novo cinema indiano.
De olho na América Latina, Bollywood recria "Betty, a Feia"
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da France Presse, em Mumbai
A poucos quilômetros do local em que acontece o Fórum Social Mundial, que pretende representar os excluídos do mundo, fica Film City, a famosa Hollywood de Mumbai (antiga Bombaim), onde no momento está sendo filmado um "remake" de uma telenovela colombiana.
O local abriga os estúdios de Bollywood, termo criado a partir da contração de Bombaim e Hollywood, a meca do cinema indiano.
Com 200 filmes ao ano --em sua maioria histórias de amor, salpicadas de cantos e danças, com um final feliz-- Bollywood é o coração da indústria cinematográfica deste imenso país, que produz quase 900 longas-metragens a cada 12 meses, um número maior do que o da cidade californiana.
Na Índia, mais até do que em Hollywood, as estrelas são idolatradas pelo público.
Em um estúdio a céu aberto em Film City, a atriz Mona Singh esconde seu belo rosto atrás de óculos imensos.
Ela é a atriz principal de "There is Nobody Like Shahira" ("Não há Ninguém Como Shahira"), a terceira telenovela mais popular no país de um bilhão de habitantes.
"Shahira trabalha em um escritório, é modesta e bondosa, mas muito eficiente. Todo mundo vem contar seus problemas, que ela ajuda a solucionar. Está apaixonada pelo patrão, mas ele nem olha para ela porque é feia", conta à France Presse uma das fãs da telenovela.
Ao ser lembrada da semelhança de sua personagem com a de uma novela colombiana, que registrou recordes de audiência na América Latina e se tornou a preferida da comunidade hispânica nos Estados Unidos, Mona Singh responde, em espanhol: "Yo soy Betty la Fea" ("Eu sou Betty, a Feia").
"A história fez tanto sucesso na América Latina que decidimos fazer uma versão", diz a artista à France Presse.
O fim da trama, com Betty ficando bela e chamando a atenção do chefe, ainda não é conhecido na Índia, onde só foram gravados 80 capítulos, dos 300 previstos, conta a estrela.
Film City também possui uma cadeia, uma aldeia e uma delegacia de polícia, onde são filmados os longas-metragens de ação, nos quais o herói Sharuk Kahn --que cobra US$ 1,5 milhão por filme-- sempre derrota os bandidos.
Apesar de contar com um gigantesco mercado interno, que garante a recuperação dos gastos, o cinema indiano sofreu nos últimos anos a concorrência dos canais de televisão a cabo.
Talvez por isso, além da inspiração em alguns filmes latino-americanos, o cinema indiano tenha voltado suas atenções para o continente, para onde pretende exportar seus filmes.
Em breve, 22 países da América Latina exibirão o filme de maior sucesso na Índia em 2002, "Kaho Naa.Pyar Hai", que receberá o nome de "Reencontro com o Destino", segundo a imprensa local.
Argentina, México e Chile estão entre os países que verão o novo cinema indiano.
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