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29/01/2004
-
19h01
da Folha Online
Páginas de livros que pareciam ter sido rasgados durante um rompante de loucura compuseram a passarela para o desfile da coleção do estilista Mário Queiroz na São Paulo Fashion Week.
Na boca da passarela um homem visivelmente atormentado tenta afogar nas pilhas de livros que ainda lhe restam as lembranças de um amor que se transformou em desespero. Este foi o conceito do desfile de Mário Queiroz no segundo dia do evento de moda, no pavilhão da Bienal, no parque Ibirapuera.
A coleção de roupas masculinas de Queiroz traduziu esse desespero que questiona a própria existência e o mundo com cores opacas e tonalidades escuras.
O primeiro look transformou uma manta com inscrições em uma capa própria para abrigar do frio de uma grande cidade. Como se tivessem saído debaixo de viadutos e abrigos, os homens concebidos pelo estilista lançaram mão do que é possível para se proteger do frio. Afinal, para ele o que importa é a essência.
Desta forma, grandes coletes em malha, suéteres atoalhados, cabans e jaquetas no estilo James Dean apareceram com força na coleção.
As calças utilitárias e as botas não deixaram esquecer que este homem tem um pé na realidade. No entanto, ele tem detalhes sofisticados, como os sapatos de verniz e blazers que podem ser usados sobre agasalhos com capuz.
Bermudas curtas com cortes de alfaiataria, sportswear, decotes em "V" e o brilho discreto em boa parte das peças foram marcantes na coleção. Cordões e mosquetões feitos com rolhas de cortiça foram os acessórios da coleção.
Na cartela de cores, destacaram-se o preto, o cinza e as tonalidades do vinho.
Especial
Programe-se para a São Paulo Fashion Week
Existencialismo pontua coleção de Mário Queiroz na Fashion Week
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Páginas de livros que pareciam ter sido rasgados durante um rompante de loucura compuseram a passarela para o desfile da coleção do estilista Mário Queiroz na São Paulo Fashion Week.
F.Florido/Folha Imagem |
Modelo criado por Mário Queiroz; veja outras fotos |
Na boca da passarela um homem visivelmente atormentado tenta afogar nas pilhas de livros que ainda lhe restam as lembranças de um amor que se transformou em desespero. Este foi o conceito do desfile de Mário Queiroz no segundo dia do evento de moda, no pavilhão da Bienal, no parque Ibirapuera.
A coleção de roupas masculinas de Queiroz traduziu esse desespero que questiona a própria existência e o mundo com cores opacas e tonalidades escuras.
O primeiro look transformou uma manta com inscrições em uma capa própria para abrigar do frio de uma grande cidade. Como se tivessem saído debaixo de viadutos e abrigos, os homens concebidos pelo estilista lançaram mão do que é possível para se proteger do frio. Afinal, para ele o que importa é a essência.
Desta forma, grandes coletes em malha, suéteres atoalhados, cabans e jaquetas no estilo James Dean apareceram com força na coleção.
As calças utilitárias e as botas não deixaram esquecer que este homem tem um pé na realidade. No entanto, ele tem detalhes sofisticados, como os sapatos de verniz e blazers que podem ser usados sobre agasalhos com capuz.
Bermudas curtas com cortes de alfaiataria, sportswear, decotes em "V" e o brilho discreto em boa parte das peças foram marcantes na coleção. Cordões e mosquetões feitos com rolhas de cortiça foram os acessórios da coleção.
Na cartela de cores, destacaram-se o preto, o cinza e as tonalidades do vinho.
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