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04/02/2004 - 10h09

São Paulo Fashion Week chega ao fim com misturas

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ERIKA PALOMINO
colunista da Folha

Moda hoje é mistura. Ao cruzar referências e universos, os estilistas conseguem interessantes imagens. Assim foi o último dia da São Paulo Fashion Week.

A estilista Thaís Losso estréia em grande estilo na Zapping, com a maior festa fashion da história de SP. Provocando o público a reagir com apitos e palmas, a marca desfilou um inverno batizado de "Nonsense", mas que fazia o maior sentido.

Na coleção, a linguagem habitual de Thaís foi desdobrada em looks femininos, esportivos, sensuais e bem-humorados. Entradas especiais com meninas gordinhas, encontradas pela estilista num shopping center, causaram os momentos de maior empatia com o público.

A cooperativa de costureiras da Rocinha, a Coopa-Roca, abriu o dia, com coordenação de estilo de Marcelo Sommer. Um elenco de bonecas, meio Emílias com cabelos rastafári, desfilou peças com muito frufru, babadinhos e muito patchwork. Calças jeans femininas e uma calcinha de bolinha aparecendo trouxeram momentos doces e artesanais.

Fause Haten propôs inovações na silhueta, investindo no orientalismo. No cenário de morangos gigantes, entretanto, o resultado era conflitante. Lúdico, mas a trilha sonora assustadora desviava a atenção, e a confusão se completava com botas de caubói, casacos de pele, bolsas de mangá.

Em Alexandre Herchcovitch, Carmem Miranda encontra Hello Kitty, com uma viagem profunda em babados e silhuetas anos 40, a melhor parte da coleção. É perfeito o tailleurzinho cinza de mangas bufantes, cintura marcada por cinto duplo. A feminilidade é o tema principal, desdobrado nos corseletes que Herchcovitch adora, mas o clima é de austeridade.

A V.Rom, masculina, pretende (acertadamente) enterrar cada vez mais o conceito das tribos, propondo apenas uma roupa urbana, com um pé no esportivo. Avança até terninhos de cetim, em peças que atendem ao conceito do novo básico --uma roupa simples, bem-feita, mas que entrega sua personalidade nos detalhes. Usável.

André Lima acordou o cansado público com uma coleção que mistura art déco com os anos 80 da estilista Norma Kamali, num resultado adorável, surpreendente e glamouroso. Naomi Campbell abriu o desfile, dando início a uma série de looks em preto e branco. Com muitos grafismos e comedida estamparia, o estilista acerta o tom desta vez.

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