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Jamelão será enterrado neste domingo no Rio
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da Folha Online
O corpo do sambista José Bispo dos Santos, o Jamelão, será enterrado na manhã deste domingo (15), no cemitério São Francisco Xavier, conhecido como cemitério do Caju, no Rio. O artista morreu na madrugada de sábado (14), em decorrência de falência múltipla de órgãos.
O velório de Jamelão ocorre na quadra da escola de samba Estação Primeira de Mangueira. Ao lado do caixão, havia coroas de flores enviadas por amigos, sambistas e pelas escolas de samba do Carnaval do Rio. O corpo foi recebido com aplausos.
Divulgação/Mangueira |
Jamelão (em desfile da Mangueira) era considerado o maior intérprete do Carnaval |
Jamelão estava internado na Casa de Saúde Pinheiro Machado, no Rio de Janeiro, desde quinta-feira. Ele havia sido internado com um quadro de infecção pulmonar e urinária. Segundo a clínica, os problemas de saúde eram decorrentes da idade avançada do cantor, que havia completado 95 anos em 12 de maio deste ano.
O artista sofria de hipertensão e diabetes e, desde 2006, quando sofreu dois derrames, passou a ter dificuldades para se alimentar. No fim do ano passado, ele foi internado no Rio com um quadro de desidratação e desnutrição. Jamelão deixa mulher, filha e dois netos. Ele era casado com Delice Ferreira dos Santos, 82, havia 58 anos.
A Mangueira divulgou nota na qual decretou luto pela morte do sambista, que era presidente de honra da agremiação carnavalesca.
'A presidente Eli Gonçalves, a Chininha, a diretoria e segmentos da Estação Primeira de Mangueira estão de luto pelo falecimento de Jose Bispo dos Santos (Jamelão), presidente de honra, baluarte e intérprete oficial, aos 95 anos', afirma o comunicado.
Carreira
Nascido em 1913, no bairro de São Cristóvão, no Rio, José Bispo Clementino dos Santos ganhou o apelido de Jamelão na época em que se apresentava em gafieiras da capital fluminense. Ele começou ainda jovem tocando tamborim na bateria da Estação Primeira de Mangueira e depois se tornou um dos principais intérpretes da escola.
Passou para o cavaquinho ainda jovem, e depois conseguiu trabalhos no rádio e em boates. Sua consagração veio como cantor de samba. Nos anos 50 começou a atuar como intérprete de samba-enredo para a Estação Primeira de Mangueira. Em 1997 a gravadora Continental lançou a coletânea "Jamelão - A Voz do Samba", em 3 CDs.
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