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07/02/2004 - 15h11

Ator que vive presidente dos EUA em "24 Horas" critica Bush

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BRUNO NATAL
free-lance para a Folha Online, no Rio

O ator Dennis Haysbert, que vive o ex-senador David Palmer, atual presidente dos EUA no seriado "24 Horas" (Fox/Globo), criticou o atual governante norte-americano, George W. Bush, na visita que fez ao Brasil durante a semana.

Haysbert está no Brasil para divulgar o programa --que entra na terceira temporada na Fox no próximo dia 16 e cuja primeira temporada está sendo exiba na Globo durante a madrugada-- e o lançamento de uma caixa de DVDs com a primeira temporada completa.

Um dos maiores fenômenos de audiência da televisão mundial, a série "24 Horas" está em seu terceiro ano nos Estados Unidos. Por aqui, o sucesso não tem sido diferente. A primeira temporada, exibida pela Globo nas madrugadas de segunda à sexta, tem garantido o o dobro de audiência que as entrevistas do "Programa do Jô".

Cada temporada de "24 Horas" retrata, em tempo real, um dia de trabalho do agente anti-terrorismo Jack Bauer, interpretado por Kiefer Sutherland. Cada episódio da série corresponde à uma hora do dia, fazendo que praticamente todos os capítulos terminem no meio de alguma ação importante.

Interpretar o presidente dos EUA mexeu com a vida do ator Dennis Haysbert, que é negro. Nas ruas, segundo ele, é normal perguntarem se ele vai se candidatar de verdade, como fez o ator Arnold Schwarzenegger, atual governador da Califórnia.

Haysbert não pretende misturar ficção e realidade. "Acho que as pessoas gostariam de ter um presidente íntegro como Palmer, por isso perguntam tanto", disse, lembrando seu personagem, que conseguiu evitar uma guerra na segunda temporada da série da TV.

Nas várias entrevistas que deu no Brasil, o ator fez questão de ressaltar que é contrário ao governo de Bush. "Eu gosto do Howard Dean. Não concordo com o que a atual administração vem fazendo e duvido que Bush se reeleja", afirmou. O democrata Dean era um dos favoritos para derrotar George Bush nas urnas esse ano, mas recentemente perdeu espaço na disputa interna do partido para John Kerry, "um clone do Bush", segundo Haysbert.

Como qualquer turista norte-americano, o ator teve de deixar suas impressões digitais na chegada ao Brasil. Para ele, isso "é uma retaliação à mesma medida adotada no meu país".

Com tantas discordâncias à atual administração na Casa Branca, a inspiração para compor o presidente David Palmer só poderia mesmo ter vindo do passado político, aos quais Haysbert enumera: "os presidentes Bill Clinton, pela inteligência, Jimmy Carter, pela habilidade política, e Collin Powell, pela integridade e sensibilidade".

No segundo ano da série, o presidente Palmer toma decisões difíceis, como suspender um ataque ao Oriente Médio que pode levar à guerra e censurar a imprensa. "Na segunda temporada ocorreram muitas coincidências com a vida real, parecia que os roteiristas estavam adivinhando o que iria acontecer no mundo", disse.

O trabalho na série "24 Horas" não tem deixado tempo livre para que o ator, que já fez "Longe do Paraíso" e "Fogo Contra Fogo", pense em cinema, se limitando somente a ler alguns roteiros.

Apesar de Kiefer Sutherland ter dito em uma entrevista à "Playboy" norte-americana que acha importante para a credibilidade da série que seu personagem, Jack Bauer, morra a qualquer momento, Dennis acredita que "24 Horas" tenha fôlego para ao menos sete temporadas. "Só não sei se eu vou participar até lá. Nesta temporada já se passaram quatro anos e estou tentando a reeleição", disse.

No próximo dia 15 (domingo), um dia antes da estréia da terceira temporada, a Fox promove uma maratona exibindo, a partir da 20h, todos os episódios da segunda temporada em seqüência e emendando no capítulo de estréia do ano 3 (já na segunda, às 21h).
 

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