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10/02/2004 - 22h59

Atores de Hollywood ridicularizam escândalo envolvendo Janet Jackson

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da France Presse, nos EUA

As estrelas de Hollywood indicadas para o Oscar ridicularizaram o escândalo e a mobilização deflagrados pela exibição, ao vivo, do seio da cantora Janet Jackson durante o show de intervalo do Super Bowl na semana passada.

O ator americano Tim Robbins, conhecido por seu tom ácido, disse que não se sentiu nem um pouco ofendido pelo episódio, no qual o cantor pop Justin Timberlake, 23, arrancou o corpete de Janet enquanto interpretavam um dueto, deixando seu seio à mostra, diante de mais de 100 milhões de telespectadores.

"Acho que somos uma sociedade bastante dura e acho que podemos lidar com condutas sexuais ou sociais 'inapropriadas'", disse Robbins.

"Somos duros. Nossos filhos não vão ter medo de ver Janet Jackson no Super Bowl", disse, durante um almoço junto dos indicados ao Oscar, que acontece em 29 de fevereiro, em Beverly Hills, Los Angeles.

"De qualquer maneira, despertará [nas crianças] a curiosidade sobre se todos os mamilos são assim", afirmou, ao se referir ao seio da irmã de Michael Jackson.

O incidente protagonizado pela dupla, ocorrido há mais de uma semana, provocou comoção no país.

A Comissão Federal de Comunicação anunciou que foi aberta uma investigação sobre o fato, qualificado por seu presidente, Michael Powell, como "sem classe, grosseiro e deplorável".

Powell quer descobrir se a rede "CBS", que transmitia o evento, violou as regulamentos de proteção, o que pode resultar em uma multa de pelo menos US$ 27,5 mil.

"CBS" e "MTV", encarregada da produção do show, ambas pertencentes a Viacom Inc, se desculparam por algo que, garantiram, não estava no roteiro.

Para evitar novos escândalos, a "CBS" transmitiu o Grammy no domingo passado com cinco minutos de atraso, o que será repetido no Oscar, exibido cerca de cinco segundos depois.

Robbins, que foi criticado no passado por seus comentários contra a Guerra no Iraque, considerados antipatrióticos, acredita que o atraso também tem como objetivo evitar o que aconteceu na edição anterior da festa de entrega das estatuetas, quando o produtor Michael Moore atacou o presidente dos EUA, George W. Bush.

"Do que têm medo?", perguntou Robbins, que foi indicado na categoria de melhor ator coadjuvante por "Sobre Meninos e Lobos", dirigido por Clint Eastwood.

"A espontaneidade é maravilhosa. Quem está capacitado para julgar se algo é apropriado ou não?", perguntou.

Alec Baldwin, que concorre na mesma categoria, ressaltou que a única razão pela qual se teria de aplicar a censura no intervalo do "Super Bowl" é que, segundo ele, a atuação dos cantores foi entediante.

"O que aconteceu no Super Bowl teria de ter sido censurado porque é muito pouco interessante."
 

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