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16/02/2004
-
08h14
JOSÉ GERALDO COUTO
Colunista da Folha de S.Paulo
Dois anos depois da conquista do penta, o futebol brasileiro invade as telas de cinema.
Enquanto Ugo Giorgetti prepara a continuação do bem-sucedido "Boleiros", Anibal Massaini finaliza o documentário "Pelé Eterno" e Bruno Barreto filma a comédia "O Casamento de Romeu e Julieta", que trata do romance entre um corintiano e uma palmeirense.
A Folha teve acesso ao roteiro de "Boleiros 2", que Giorgetti pretende rodar em julho e agosto. O "orçamento ideal" é R$ 4 milhões. "Mas, se for preciso, adapto o projeto para fazer com R$ 3 milhões", diz o diretor, que já conta com metade disso, proveniente da agência W-Brasil e de um concurso do governo do Estado de São Paulo.
Assim como o primeiro "Boleiros", o novo longa contará várias histórias, irradiadas a partir de um bar onde se reúnem ex-jogadores.
Só que desta vez a estrutura é mais maleável, comportando vários acontecimentos simultâneos. O tom nostálgico do primeiro filme dá lugar à abordagem crítica e cômica de temas mais atuais: mulheres no apito, a influência dos empresários no destino dos atletas, a onipresença da mídia, as "marias chuteiras" etc.
A situação central do filme é a reinauguração do velho bar, que passou por uma reforma modernosa quando Marquinhos, um astro do futebol atual, se tornou sócio do local.
O craque, que atua num grande clube europeu, é a grande estrela da inauguração. Durante a festa, porém, Marquinhos é pressionado pela advogada de seu irmão presidiário, que a orienta pelo telefone celular a extorquir dinheiro do jogador.
Além disso, uma ex-mulher do astro também ameaça fazer um escândalo diante das câmeras se não receber dinheiro. Lauro, o empresário de Marquinhos, tenta administrar os conflitos e ao mesmo tempo conter o assédio das "marias chuteiras".
Conhecido pelas escolhas certeiras e surpreendentes de elenco (já dirigiu Tom Zé, Jorge Mautner e Décio Pignatari, entre outros), Giorgetti pretende contar com o craque Denílson no papel do astro Marquinhos.
O cineasta tentará trazer também Leona Cavalli, Paulo Miklos, Paulo César Pereio, Cacá Carvalho, Illana Kaplan e o locutor esportivo Silvio Luiz.
Alguns personagens do primeiro "Boleiros" estarão de volta, como os ex-jogadores Otávio (Adriano Stuart) e Naldinho (Flávio Migliaccio) e o jornalista Zé Américo (Cássio Gabus Mendes).
"Mesmo se reportando a um futebol que não existe mais, o primeiro 'Boleiros' foi bem recebido pelos jovens", diz Giorgetti.
Depois de sair dos cinemas, "Boleiros" vendeu 7.000 cópias em vídeo, sem contar as fitas distribuídas em bancas junto com a revista "Isto É". E o governo paulista distribuiu 6.000 cópias em escolas do Estado. Exibido freqüentemente na Rede Cultura e no Canal Brasil, tem atingido boa audiência.
Esse sucesso duradouro levou a emissora paga HBO a se interessar por uma série de TV. Giorgetti chegou a escrever sinopses para 13 programas, mas o projeto acabou não vingando. "Nesse processo, descobri que ainda havia muita coisa a dizer. Disso nasceu o 'Boleiros 2'", diz o diretor.
Futebol entra no campo do cinema com Giorgetti, Massaini e Barreto
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Colunista da Folha de S.Paulo
Dois anos depois da conquista do penta, o futebol brasileiro invade as telas de cinema.
Enquanto Ugo Giorgetti prepara a continuação do bem-sucedido "Boleiros", Anibal Massaini finaliza o documentário "Pelé Eterno" e Bruno Barreto filma a comédia "O Casamento de Romeu e Julieta", que trata do romance entre um corintiano e uma palmeirense.
A Folha teve acesso ao roteiro de "Boleiros 2", que Giorgetti pretende rodar em julho e agosto. O "orçamento ideal" é R$ 4 milhões. "Mas, se for preciso, adapto o projeto para fazer com R$ 3 milhões", diz o diretor, que já conta com metade disso, proveniente da agência W-Brasil e de um concurso do governo do Estado de São Paulo.
Assim como o primeiro "Boleiros", o novo longa contará várias histórias, irradiadas a partir de um bar onde se reúnem ex-jogadores.
Só que desta vez a estrutura é mais maleável, comportando vários acontecimentos simultâneos. O tom nostálgico do primeiro filme dá lugar à abordagem crítica e cômica de temas mais atuais: mulheres no apito, a influência dos empresários no destino dos atletas, a onipresença da mídia, as "marias chuteiras" etc.
A situação central do filme é a reinauguração do velho bar, que passou por uma reforma modernosa quando Marquinhos, um astro do futebol atual, se tornou sócio do local.
O craque, que atua num grande clube europeu, é a grande estrela da inauguração. Durante a festa, porém, Marquinhos é pressionado pela advogada de seu irmão presidiário, que a orienta pelo telefone celular a extorquir dinheiro do jogador.
Além disso, uma ex-mulher do astro também ameaça fazer um escândalo diante das câmeras se não receber dinheiro. Lauro, o empresário de Marquinhos, tenta administrar os conflitos e ao mesmo tempo conter o assédio das "marias chuteiras".
Conhecido pelas escolhas certeiras e surpreendentes de elenco (já dirigiu Tom Zé, Jorge Mautner e Décio Pignatari, entre outros), Giorgetti pretende contar com o craque Denílson no papel do astro Marquinhos.
O cineasta tentará trazer também Leona Cavalli, Paulo Miklos, Paulo César Pereio, Cacá Carvalho, Illana Kaplan e o locutor esportivo Silvio Luiz.
Alguns personagens do primeiro "Boleiros" estarão de volta, como os ex-jogadores Otávio (Adriano Stuart) e Naldinho (Flávio Migliaccio) e o jornalista Zé Américo (Cássio Gabus Mendes).
"Mesmo se reportando a um futebol que não existe mais, o primeiro 'Boleiros' foi bem recebido pelos jovens", diz Giorgetti.
Depois de sair dos cinemas, "Boleiros" vendeu 7.000 cópias em vídeo, sem contar as fitas distribuídas em bancas junto com a revista "Isto É". E o governo paulista distribuiu 6.000 cópias em escolas do Estado. Exibido freqüentemente na Rede Cultura e no Canal Brasil, tem atingido boa audiência.
Esse sucesso duradouro levou a emissora paga HBO a se interessar por uma série de TV. Giorgetti chegou a escrever sinopses para 13 programas, mas o projeto acabou não vingando. "Nesse processo, descobri que ainda havia muita coisa a dizer. Disso nasceu o 'Boleiros 2'", diz o diretor.
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