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16/02/2004 - 11h23

Veja alguns trabalhos coletivos que exploram música e imagens

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da Folha de S.Paulo

MEDIASANA

Não são só os blocos carnavalescos que ocupam as ruas de Recife nesta época do ano. A banda audiovisual Media Sana também circula pela cidade pernambucana mostrando suas experimentações instaladas numa Kombi.

O trabalho é resultado de pesquisas dos músicos Gabriel Furtado e Igor Medeiros com softwares de VJs, como o Vjamm. Há dois anos, com outros cinco amigos, eles sampleiam imagens de TV e associam cada trecho a estilos como house, electro e rap. Ao vivo, o Media Sana utiliza bateria eletrônica e teclado conectados a um mixer de vídeo e toca tudo ao mesmo tempo, mostrando imagens que criticam mídia, publicidade e afins.

FAQ

No Natal de 2002, um grupo de videoartistas espalhou 200 CDs com imagens e músicas por bancos e orelhões de Belo Horizonte. Os mineiros que encontraram o presente estavam recebendo o primeiro disco da banda multimídia FAQ.

O grupo é um segmento do projeto feitoamãos, criado em 1999 por designers, produtores e videomakers para experimentar novas linguagens audiovisuais de forma coletiva. O encontro com o músico Ronaldo Gino, em 2001, levou ao FAQ, que estreou no ano seguinte, em São Paulo, no evento Red Bull Live Images.

"Eliminamos a hierarquia entre música e vídeo e passamos a construir os dois juntos", explica o designer Cláudio Santos. O melhor resultado dessa proposta foi mostrado em 2003, no festival Eletronika (Belo Horizonte), quando o grupo encheu o palco principal de imagens gigantes acompanhadas por improvisos eletrônicos. Alguns trabalhos do FAQ estão no site (www.feitoamaos.com.br).

EMBOLEX+Z'ÁFRICA+PERIFÉRICO

A camaradagem entre o coletivo de VJs Embolex, o grupo de rap Z'África Brasil e o DJ Érico Theobaldo, o Periférico, começou há dois anos e já rendeu vários trabalhos. Entre eles, um show multimídia do Z'África, com imagens exclusivas do Embolex, e um DVD do Embolex, com música dos rappers e de Periférico.

Um dos resultados da parceria foi mostrado em 2003, no festival Eletronika (Belo Horizonte). "Fizemos uma releitura para o filme "Bang Bang", de Andrea Tonacci, com trilha do Érico e refrões do Z'África sobre o tema do longa", diz o VJ Fernão Ciampa. Eles se preparam para participar do festival espanhol "Brasil Noar", que acontece em abril, em Barcelona. A prévia dessa performance poderá ser vista na festa T.E.M.P., dia 13/3, na quadra da escola de samba Tom Maior (r. Eugênio de Medeiros, 50, Pinheiros).

COLDCUT

Juntos desde 1987, os produtores ingleses Jonathan More e Matt Black, a dupla Coldcut, são a principal referência na síntese de arte digital e música. Atração do Tim Festival no ano passado, eles encerraram o show com uma imagem de "Orfeu Negro", em que uma garotinha samba no alto de um morro, no Rio de Janeiro, mixada com uma cuíca que aos poucos se transformou em um empolgante set de house.

"Em 1998, começamos a testar a fusão de vídeos e fotografias com samples de house, tecno, jazz, hip hop etc.", explica Black.

O resultado dessa brincadeira foi a criação do Vjamm, software utilizado pela maioria dos grupos que investe na mistura. O último CD do Coldcut, um álbum duplo com um disco de imagens e outro de músicas, está à venda no site da gravadora Ninja Tune (www.ninjatune.net).

NORTEC

O coletivo Nortec foi buscar no norte do México o estilo que os tornou conhecidos em meio mundo: uma mistura de tecno e de ritmos como norteño e tambora, que eles mostram acompanhados de imagens de cidades mexicanas e frases como "Rebola Chica!".

O Nortec é um coletivo que reúne videoartistas, designers gráficos e cinco projetos musicais, entre eles, Bostich e Fussible. "No início, a idéia era só fazer música", conta Pepe Mogt, do Fussible. "Mas uns amigos que trabalhavam com vídeo disseram que podiam fazer com as imagens o mesmo que fazíamos com a música, então resolvemos nos unir", explica Mogt.

Ao vivo, o VJ conecta o equipamento ao dos DJs e faz as projeções de acordo com o beat da música. Para conferir o trabalho, é só visitar o www.nor-tec.org.

APAVORAMENTO

Em 2000, com a idéia de montar uma rádio na internet, os amigos Nepal e João Rebello, o John Woo, criaram o Apavoramento Sound System, que se transformou em um coletivo multimídia, formado basicamente por DJs e por produtores de vídeo, e foi parar na programação do Tim Festival, em 2003. A apresentação dos cariocas foi curta, mas suficiente para o grupo empolgar tanto quanto o Coldcut, a outra atração da noite. Eles mostraram uma combinação de música eletrônica e de manipulação de imagens ao vivo, e colocaram o povo para requebrar ao som de um mix de breakbeat, electrofunk, miami bass e "ghetto-tech" --vertente de Detroit que mescla miami bass, electro e tecno.

No set list, nada de material alheio. Tanto o som quanto as imagens são criadas pelo coletivo de sete pessoas. Até março, eles percorrem as praias cariocas com o projeto "Redley Bassmobil", uma parafernália de equipamentos de som instalada em uma Kombi. No site www.apavoramento.com dá para saber por onde a trupe irá passar.

FLN

"A pista de dança do futuro vai ter imagens mais bem conectadas com a música do que o trabalho feito pelos VJs hoje." A afirmação é de Alexis Anastasiou, considerado por seus colegas o primeiro VJ do Brasil, recordista em projeções em raves. Com o produtor musical e tecladista Marcos Silva, dos live P.A.s Influx e Tambortech, Alexis criou o que acredita encaixar nesse novo conceito de balada, o projeto Frente de Libertação Nacional/vídeo-guerrilha.

Na apresentação de estréia, no Red Bull Live Images, a dupla mixou imagens, como a cena do ataque ao World Trade Center, em Nova York, com sons eletrônicos criados por Silva a partir do ruído dos aviões. "A conexão da música com o vídeo é ótima quando fazemos tudo lado a lado", diz o VJ.

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