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20/02/2004 - 04h12

Leia entrevista com Patrick Matthews, baixista do The Vines

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colunista da Folha

Não dá para entrevistar Craig Nicholls, o genioso guitarrista do Vines. Ou ele está calmo demais (remédios) e a conversa vai ser chata, ou ele vai estar excessivamente "elétrico" e vai surtar e até inventar as respostas. Melhor ver o que a alma-gêmea de Nicholls, o baixista Patrick Matthews, (um pouco) mais equilibrado, tem a dizer sobre a nova fase do Vines.

Folha - Como está o Craig Nicholls? Mais calmo?
Patrick Matthews -
Desde que ele esteja com os medicamentos em dia... Estou brincando. Ele é meio maluco, mas é um excelente e inspirado músico. Craig anda tranquilo. Até cortou o cabelo, dia desses. Vamos ver quando a turnê começar. É sempre mais tenso quando estamos viajando, passando dias em hotéis, com agenda lotada.

Folha - Como estão você e ele? Mais calmos?
Matthews -
Sim. Aquela briga de Boston não foi a primeira e nem vai ser a última. Mas ele não vive sem mim. Sou o ponto de equilíbrio dele. Na verdade, sou o único que suporta ele.

Folha - Qual a expectativa da banda, agora que o disco vai às lojas dentro de um mês?
Matthews -
Muito positiva. Acho que encontramos um eixo de equilíbrio entre o que queremos da música pop e o que a música pop quer do Vines. E a atenção sobre nós deve ser um pouco mais leve do que foi no primeiro disco. Vão notar que nossa banda é normal, com guitarra, baixo, bateria...

Folha - Você acha? E a famosa "pressão do segundo álbum" não caiu sobre o Vines?
Matthews -
Acho que não. Vamos guardar essa pressão para o nosso terceiro disco, porque ainda somos a mesma banda do álbum anterior. A maioria das músicas já estavam prontas faz tempo, tocávamos elas em shows. É uma espécie de seqüência, talvez um pouco mais calma. Acho que vamos ser uma banda completamente diferente no terceiro CD. Sinto que vamos fazer algo como o Radiohead fez com o "OK Computer". Não sei se com a mesma qualidade, mas me refiro a sacudir tudo já feito e buscar novos caminhos. O pop fica chato se você não mudar.

Folha - O que você tem para falar de "Winning Days", o disco novo?
Matthews -
Se você o comparar com o anterior, "Highly Evolved", ele é um disco mais seguro. Uma banda mais confiante em mesclar explosões de guitarras com um som mais psicodélico, que é o estilo de música que ainda temos paciência de fazer. Para resumir, esse CD é mesmo mais psicodélico, desses de você fechar os olhos e imaginar figuras coloridas quando estiver ouvindo as músicas. Estamos crescendo.

Folha - Vocês se sentiram estrangulados pela alta expectativa criada com o rápido sucesso do primeiro disco?
Matthews -
A gente não entendia muito por quê, mas procuramos tirar proveito dessa onda toda que fizeram sobre nós. Mas não era fácil carregar nas malas da turnê bobagens como "o novo Nirvana", "os Strokes australianos". Pensamos o seguinte: "Já que é assim, vamos tocar para o máximo de pessoas possível, viajar bastante".

Folha - Vocês chegaram a quebrar o sofá do David Letterman, na famosa performance de "Get Free" no estúdio do apresentador?
Matthews -
Não. Acho que não chegou a quebrar. Craig saiu do local onde estávamos e voou sobre o sofá, que ainda bem estava vazio na hora, sem nenhum entrevistado. Mas ele é leve. O sofá, no máximo, ficou com uma das pernas bambas. Aquela apresentação foi absurda.

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