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25/02/2004
-
02h40
da Folha de S.Paulo
O relançamento de "Watchmen" encerra um período de redescoberta de Alan Moore, que, até o final do ano, terá a principal parte de sua obra em catálogo no Brasil, como os títulos de sua atual editora, a America's Best Comics, pela Devir.
A editora lança até novembro títulos como "Promethea", "Top Ten" e "Tom Strong" em formato álbum. O primeiro lançamento é o segundo volume da "Liga Extraordinária", em maio.
Esse súbito interesse pelo autor, que é considerado um dos pais do quadrinho moderno, coincide com sua saída do mercado comercial, decisão oficializada após seu 50º aniversário, em novembro passado. Moore irá dedicar-se a projetos autorais e em "ser um mago em tempo integral", explicitando seu interesse pelo esoterismo.
Moore começou a ser redescoberto em 1998, quando a Via Lettera lançou "V de Vingança", uma parábola em que um anarquista desafiava uma Inglaterra fascista numa realidade paralela apocalíptica. No ano seguinte, a Abril reeditou "Watchmen" no formato original (em doze edições, e não em seis, como havia feito com a primeira edição).
O interesse no autor foi resgatado com a adaptação cinematográfica da série "Do Inferno", um denso mergulho nas teorias a respeito do psicopata Jack o Estripador, em que Moore liga o assassinato de quatro prostitutas com um filho bastardo da coroa britânica, a sociedade maçônica, a Scotland Yard, magia negra e satanismo, numa descrição da Londres do final do século 19. A série foi publicada no Brasil, também pela Via Lettera, e rendeu um filme homônimo com Johnny Depp.
Com as novas edições de seus clássicos, outros títulos apareceram. A editora Opera Graphica lançou as três histórias do autor com o Super-Homem, além de "Batman: A Piada Mortal", o encontro definitivo do homem-morcego e Coringa.
A editora Brainstore dedica-se à publicação da obra que fez o nome de Moore, egresso do novo quadrinho inglês do final dos anos 70, tornar-se popular para o resto do mundo, lançando todo o trabalho do escritor com "Monstro do Pântano", em seis volumes. Até agora, já saíram três. A mesma editora lançou a minissérie "Supremo", um personagem baseado no Super-Homem.
Moore ainda está presente com o primeiro volume de "A Liga Extraordinária", lançada pela Devir. A minissérie transforma heróis da literatura vitoriana em uma espécie de Liga da Justiça de seu tempo --reunindo dr. Jeckyl (de "O Médico e o Monstro"), o Homem Invisível e o Capitão Nemo (de "20.000 Léguas Submarinas") na mesma equipe e deu origem a um blockbuster hollywoodiano.
Completam a bibliografia de Moore o material publicado quando ele trabalhava na revista inglesa "2000 A.D.", no início dos anos 80, como as histórias "A Balada de Halo Jones", "D.R. & Quinch" e "Skizz", que saíram pela Pandora. Seu único livro em prosa foi publicado no Brasil pela Conrad --chama-se "A Voz do Fogo".
Mercado redescobre obras de Alan Moore
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O relançamento de "Watchmen" encerra um período de redescoberta de Alan Moore, que, até o final do ano, terá a principal parte de sua obra em catálogo no Brasil, como os títulos de sua atual editora, a America's Best Comics, pela Devir.
A editora lança até novembro títulos como "Promethea", "Top Ten" e "Tom Strong" em formato álbum. O primeiro lançamento é o segundo volume da "Liga Extraordinária", em maio.
Esse súbito interesse pelo autor, que é considerado um dos pais do quadrinho moderno, coincide com sua saída do mercado comercial, decisão oficializada após seu 50º aniversário, em novembro passado. Moore irá dedicar-se a projetos autorais e em "ser um mago em tempo integral", explicitando seu interesse pelo esoterismo.
Moore começou a ser redescoberto em 1998, quando a Via Lettera lançou "V de Vingança", uma parábola em que um anarquista desafiava uma Inglaterra fascista numa realidade paralela apocalíptica. No ano seguinte, a Abril reeditou "Watchmen" no formato original (em doze edições, e não em seis, como havia feito com a primeira edição).
O interesse no autor foi resgatado com a adaptação cinematográfica da série "Do Inferno", um denso mergulho nas teorias a respeito do psicopata Jack o Estripador, em que Moore liga o assassinato de quatro prostitutas com um filho bastardo da coroa britânica, a sociedade maçônica, a Scotland Yard, magia negra e satanismo, numa descrição da Londres do final do século 19. A série foi publicada no Brasil, também pela Via Lettera, e rendeu um filme homônimo com Johnny Depp.
Com as novas edições de seus clássicos, outros títulos apareceram. A editora Opera Graphica lançou as três histórias do autor com o Super-Homem, além de "Batman: A Piada Mortal", o encontro definitivo do homem-morcego e Coringa.
A editora Brainstore dedica-se à publicação da obra que fez o nome de Moore, egresso do novo quadrinho inglês do final dos anos 70, tornar-se popular para o resto do mundo, lançando todo o trabalho do escritor com "Monstro do Pântano", em seis volumes. Até agora, já saíram três. A mesma editora lançou a minissérie "Supremo", um personagem baseado no Super-Homem.
Moore ainda está presente com o primeiro volume de "A Liga Extraordinária", lançada pela Devir. A minissérie transforma heróis da literatura vitoriana em uma espécie de Liga da Justiça de seu tempo --reunindo dr. Jeckyl (de "O Médico e o Monstro"), o Homem Invisível e o Capitão Nemo (de "20.000 Léguas Submarinas") na mesma equipe e deu origem a um blockbuster hollywoodiano.
Completam a bibliografia de Moore o material publicado quando ele trabalhava na revista inglesa "2000 A.D.", no início dos anos 80, como as histórias "A Balada de Halo Jones", "D.R. & Quinch" e "Skizz", que saíram pela Pandora. Seu único livro em prosa foi publicado no Brasil pela Conrad --chama-se "A Voz do Fogo".
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