Publicidade
Publicidade
25/02/2004
-
09h59
da France Presse, em Los Angeles
Este ano provavelmente será Charlize Theron, no anterior foi Nicole Kidman e há dois anos Halle Berry: Hollywood gosta de compensar com um Oscar o sacrifício das belas que se esforçam para ficar feias para interpretar um papel.
Na edição deste ano, que acontece no próximo domingo em Los Angeles, a sul-africana Charlize Theron é a favorita para levar a estatueta dourada de "melhor atriz", por seu papel em "Monster".
"Hollywood ama as atrizes de incrível beleza que se tornam feias para interpretar um papel", disse o especialista Tom O'Neil, fundador da página Goldderby, onde os analistas fazem suas apostas antes da cerimônia.
A atriz sul-africana cumpre as exigências de Hollywood: é alta, magra, com uma pele lisa, dentes de propaganda de pasta de dente e um cabelo brilhante e sedoso.
Para o filme no qual interpreta a serial killer Aileen Wuornos, Theron teve que se submeter a uma série de transformações que estão longe de refletir sua extraordinária beleza, comparada a de lendas do cinema como Ava Gardner e Lana Turner.
Para imitar a aparência da famosa prostituta que matou sete homens e foi executada na Flórida em 2002, Theron colocou dentes falsos, irregulares e acinzentados; escondeu os olhos azuis com lentes marrons; raspou as sobrancelhas; encheu o corpo de tatuagens e cicatrizes e colocou uma máscara de látex para disfarçar suas maçãs do rosto. Além disso, engordou 13 quilos.
De qualquer maneira, os fãs da beleza de Theron são provavelmente os mais decepcionados com a aparência da intérprete de "Doce Novembro" e "Uma Saída de Mestre" neste filme.
Mas ela teve muitos motivos para aceitar o papel. "É o que sempre quis fazer durante minha carreira. Os trabalhos que fiz nos últimos anos não foram os que quis fazer. Se não formos cuidadosas, tornamo-nos um estereótipo [de estrela]. Eu estava ficando sob o rótulo", disse.
Se ganhar o Oscar, esta não será a primeira vez que Hollywood premia o sacrifício das belas. No ano passado, a atriz australiana Nicole Kidman, que ganhou o Oscar de "melhor atriz" pelo filme "As Horas", no qual colocou até uma prótese no nariz. Sua dedicação ao papel da escritora britânica Virginia Woolf chamou a atenção da imprensa, dos críticos e do público.
Além do nariz postiço, Kidman emagreceu ao limite da sua saúde, tingiu o cabelo de castanho escuro, andava curvada e metida em um vestido que em nada favorecia sua beleza no filme.
Em 2002, a vencedora de uma das estatuetas mais cobiçadas foi a atriz negra Halle Berry, que teve que deixar de lado sua elegância e esplendor para viver uma mulher pobre e desbocada em "A Última Ceia".
Para alguns analistas, Hollywood escolhe suas mais belas mulheres para os papéis grotescos. Foi assim com a atriz Gwyneth Paltrow, que se tornou uma obesa em "O Amor é Cego", e com Renee Zellweger, que teve que fazer uma dieta de meses de donuts, hambúrguer e batatas fritas para ganhar peso e para trabalhar em "O Diário de Bridget Jones".
"Evidentemente, a audiência prefere que a feiúra seja apenas cosmética: um efeito especial, como um alien ou uma explosão em uma batalha", opinou o jornal britânico "Guardian".
"Há algo de cruel nisto tudo, principalmente quando todos nós fazemos esforços para obter o efeito contrário: nos livrar dos quilos a mais, tirar os defeitos da pele e melhorar nosso cabelo", disse.
Hollywood premia com Oscar as belas que se tornam "feias"
Publicidade
Este ano provavelmente será Charlize Theron, no anterior foi Nicole Kidman e há dois anos Halle Berry: Hollywood gosta de compensar com um Oscar o sacrifício das belas que se esforçam para ficar feias para interpretar um papel.
Na edição deste ano, que acontece no próximo domingo em Los Angeles, a sul-africana Charlize Theron é a favorita para levar a estatueta dourada de "melhor atriz", por seu papel em "Monster".
Divulgação |
A atriz Charlize Theron em cena do filme "Monster" |
A atriz sul-africana cumpre as exigências de Hollywood: é alta, magra, com uma pele lisa, dentes de propaganda de pasta de dente e um cabelo brilhante e sedoso.
Para o filme no qual interpreta a serial killer Aileen Wuornos, Theron teve que se submeter a uma série de transformações que estão longe de refletir sua extraordinária beleza, comparada a de lendas do cinema como Ava Gardner e Lana Turner.
Para imitar a aparência da famosa prostituta que matou sete homens e foi executada na Flórida em 2002, Theron colocou dentes falsos, irregulares e acinzentados; escondeu os olhos azuis com lentes marrons; raspou as sobrancelhas; encheu o corpo de tatuagens e cicatrizes e colocou uma máscara de látex para disfarçar suas maçãs do rosto. Além disso, engordou 13 quilos.
De qualquer maneira, os fãs da beleza de Theron são provavelmente os mais decepcionados com a aparência da intérprete de "Doce Novembro" e "Uma Saída de Mestre" neste filme.
Mas ela teve muitos motivos para aceitar o papel. "É o que sempre quis fazer durante minha carreira. Os trabalhos que fiz nos últimos anos não foram os que quis fazer. Se não formos cuidadosas, tornamo-nos um estereótipo [de estrela]. Eu estava ficando sob o rótulo", disse.
Se ganhar o Oscar, esta não será a primeira vez que Hollywood premia o sacrifício das belas. No ano passado, a atriz australiana Nicole Kidman, que ganhou o Oscar de "melhor atriz" pelo filme "As Horas", no qual colocou até uma prótese no nariz. Sua dedicação ao papel da escritora britânica Virginia Woolf chamou a atenção da imprensa, dos críticos e do público.
Além do nariz postiço, Kidman emagreceu ao limite da sua saúde, tingiu o cabelo de castanho escuro, andava curvada e metida em um vestido que em nada favorecia sua beleza no filme.
Em 2002, a vencedora de uma das estatuetas mais cobiçadas foi a atriz negra Halle Berry, que teve que deixar de lado sua elegância e esplendor para viver uma mulher pobre e desbocada em "A Última Ceia".
Para alguns analistas, Hollywood escolhe suas mais belas mulheres para os papéis grotescos. Foi assim com a atriz Gwyneth Paltrow, que se tornou uma obesa em "O Amor é Cego", e com Renee Zellweger, que teve que fazer uma dieta de meses de donuts, hambúrguer e batatas fritas para ganhar peso e para trabalhar em "O Diário de Bridget Jones".
"Evidentemente, a audiência prefere que a feiúra seja apenas cosmética: um efeito especial, como um alien ou uma explosão em uma batalha", opinou o jornal britânico "Guardian".
"Há algo de cruel nisto tudo, principalmente quando todos nós fazemos esforços para obter o efeito contrário: nos livrar dos quilos a mais, tirar os defeitos da pele e melhorar nosso cabelo", disse.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice