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26/02/2004
-
06h54
da Folha de S.Paulo
Um cortejo cênico da companhia Nau de Ícaros, que vai percorrer ruas do centro da capital paulistana a partir da praça do Patriarca, em direção ao vale do Anhangabaú, abre na quinta à tarde a Mostra São Paulo - Teatro na Cidade.
Em sua terceira edição, agora com dez vezes mais grupos do que 2001, o evento quer simbolicamente se expandir para outros bairros, ruas e palcos.
A Secretaria Municipal da Cultura, por meio do Departamento de Teatro (Núcleo de Projetos Especiais), informa que estão programados 40 espetáculos até o dia 7 de março, todos com entrada franca (os ingressos devem ser retirados com antecedência).
O cortejo da Nau de Ícaros, que percorrerá ruas da praça do Patriarca até o vale do Anhangabaú, é batizado "El Gran Circo Carnaval".
A idéia é inspirada nos autos de Carnaval, transformando os locais de passagem num "corredor de folia", com direito a números com pernas-de-pau e malabarismo. A direção do espetáculo é de Marco Vettore.
Além do circo-teatro da Nau de Ícaros, o primeiro dia inclui dois importantes símbolos do teatro nacional: o ator Paulo Autran, 81, recém-recuperado de internação hospitalar, e o grupo Oficina Uzyna Uzona, dirigido há 45 anos por José Celso Martinez Corrêa.
No Teatro Municipal, Autran receberá homenagem da secretaria, pela sua trajetória, e, em seguida, apresentará o monólogo "Quadrante", com o qual percorre o país há mais de década, entrecruzando textos de autores como Vinicius de Moraes ("Poema Enjoadinho") , Carlos Drummond de Andrade ("Quero Me Casar"), Manuel Bandeira ("Profundamente") e Guimarães Rosa ("Meu Tio o Iauaretê") --este último com um registro de interpretação visceral que há muito o ator não visita.
A terra
Já no teatro Oficina, os atores do Uzyna Uzona, Zé Celso e as crianças oriundas de projetos sociais do Bexiga encenam "A Terra", a primeira parte da transposição do clássico "Os Sertões" para o teatro. É a chance de reatar com o início do projeto que, atualmente, atravessa a segunda parte do clássico livro do jornalista Euclydes da Cunha.
Nos demais dias, a mostra se espalha para outros espaços, como o recém-inaugurado Teatro Fábrica São Paulo, iniciativa da companhia de mesmo nome, localizado na r. da Consolação, e a incorporação da Vila Maria Zélia, na Mooca, em direção à zona leste, uma antiga vila operária eleita para apresentações da companhia São Jorge de Variedades ("As Bastianas") e grupo XIX ("Hysteria").
Segundo o diretor do Departamento de Teatro, Kil Abreu, uma das características dessa mostra é dar visibilidade aos grupos contemplados pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro.
Como Autran, por exemplo, há muitos projetos convidados que não se encaixam no fomento. É o caso da atriz e diretora Denise Stoklos ("Calendário da Pedra"), da Bendita Trupe ("Os Collegas") e dos atores Dan Stulbach e Tony Ramos ("Novas Diretrizes em Tempo de Paz").
Mais informações sobre a relação de espetáculos da Mostra São Paulo na página da prefeitura: http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/cultura.
Cortejo cênico abre 3ª Mostra São Paulo - Teatro na Cidade
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Um cortejo cênico da companhia Nau de Ícaros, que vai percorrer ruas do centro da capital paulistana a partir da praça do Patriarca, em direção ao vale do Anhangabaú, abre na quinta à tarde a Mostra São Paulo - Teatro na Cidade.
Em sua terceira edição, agora com dez vezes mais grupos do que 2001, o evento quer simbolicamente se expandir para outros bairros, ruas e palcos.
A Secretaria Municipal da Cultura, por meio do Departamento de Teatro (Núcleo de Projetos Especiais), informa que estão programados 40 espetáculos até o dia 7 de março, todos com entrada franca (os ingressos devem ser retirados com antecedência).
O cortejo da Nau de Ícaros, que percorrerá ruas da praça do Patriarca até o vale do Anhangabaú, é batizado "El Gran Circo Carnaval".
A idéia é inspirada nos autos de Carnaval, transformando os locais de passagem num "corredor de folia", com direito a números com pernas-de-pau e malabarismo. A direção do espetáculo é de Marco Vettore.
Além do circo-teatro da Nau de Ícaros, o primeiro dia inclui dois importantes símbolos do teatro nacional: o ator Paulo Autran, 81, recém-recuperado de internação hospitalar, e o grupo Oficina Uzyna Uzona, dirigido há 45 anos por José Celso Martinez Corrêa.
No Teatro Municipal, Autran receberá homenagem da secretaria, pela sua trajetória, e, em seguida, apresentará o monólogo "Quadrante", com o qual percorre o país há mais de década, entrecruzando textos de autores como Vinicius de Moraes ("Poema Enjoadinho") , Carlos Drummond de Andrade ("Quero Me Casar"), Manuel Bandeira ("Profundamente") e Guimarães Rosa ("Meu Tio o Iauaretê") --este último com um registro de interpretação visceral que há muito o ator não visita.
A terra
Já no teatro Oficina, os atores do Uzyna Uzona, Zé Celso e as crianças oriundas de projetos sociais do Bexiga encenam "A Terra", a primeira parte da transposição do clássico "Os Sertões" para o teatro. É a chance de reatar com o início do projeto que, atualmente, atravessa a segunda parte do clássico livro do jornalista Euclydes da Cunha.
Nos demais dias, a mostra se espalha para outros espaços, como o recém-inaugurado Teatro Fábrica São Paulo, iniciativa da companhia de mesmo nome, localizado na r. da Consolação, e a incorporação da Vila Maria Zélia, na Mooca, em direção à zona leste, uma antiga vila operária eleita para apresentações da companhia São Jorge de Variedades ("As Bastianas") e grupo XIX ("Hysteria").
Segundo o diretor do Departamento de Teatro, Kil Abreu, uma das características dessa mostra é dar visibilidade aos grupos contemplados pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro.
Como Autran, por exemplo, há muitos projetos convidados que não se encaixam no fomento. É o caso da atriz e diretora Denise Stoklos ("Calendário da Pedra"), da Bendita Trupe ("Os Collegas") e dos atores Dan Stulbach e Tony Ramos ("Novas Diretrizes em Tempo de Paz").
Mais informações sobre a relação de espetáculos da Mostra São Paulo na página da prefeitura: http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/cultura.
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