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01/03/2004
-
00h33
MARCELO BARTOLOMEI
da Folha Online, enviado especial a Los Angeles (EUA)
Esqueça o que você vê na TV. É tudo falso. As pessoas são feias, se vestem mal e não atendem ao padrão de beleza das academias de ginástica. Isso todo mundo já sabe, mas o tapete vermelho do Oscar reflete a produção de marketing e glamour no mundo do cinema.
Os convidados são muitos, mas as estrelas de verdade são poucas.
A corrida pelo tapete vermelho começa às 15h, com pouquíssimas pessoas na "passarela". Com o passar das horas, ouve-se um ou outro nome famoso no meio da multidão.
Um apresentador "oficial" anuncia a chegada das estrelas e as entrevista, quando possível. Fora isso, o "quick-show" é complementado por platéias enlouquecidas, formada por fãs, imprensa, fotógrafos e cinegrafistas, que gritam pela atenção dos artistas.
As pessoas se amontoam nas calçadas, nos terraços dos prédios ao lado e nas arquibancadas montadas pela organização do Oscar. Todos sempre munidos de máquina fotográfica --digitais, claro.
A verdadeira moda --de Valentino, Prada, Carolina Herrera, Gucci-- serve somente a grandes estrelas do timbre de Julia Roberts, Catherine Zeta-Jones e Nicole Kidman.
O restante dos convidados tenta, e muito, aparecer. Chegam a parar na frente das câmeras e fazer pose, confirmando que Hollywood é um verdadeiro "reality show", onde as pessoas se estapeiam para aparecer e ter uma oportunidade no cinema ou na TV.
As roupas são, na verdade, absurdas. Cheias de babados, cores descombinadas, peles de animais e brilhos desnecessários. Assim, a apresentadora Joan Rivers fez sua fama na TV, ao criticar a moda desse tipo de evento.
Na última meia-hora, no entanto, o desanimador tapete vermelho começou a melhorar --se bem que no meio do caminho surgiu um pequeno e bizarro ex-Prince.
Depois vieram Juliane Moore, linda e muito mais jovem do que em seus papéis dramáticos no cinema; Susan Sarandon e Tim Robbins (vencedor do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por "Sobre Meninos e Lobos"), seguidos de Johnny Depp, Michael Douglas e Catherine Zeta-Jones, Charlize Theron, Uma Thurman, Angelina Jolie, Will Smith, Robin Williams e Nicole Kidman, entre outros.
Passaram também os brasileiros, elegantíssimos. Fernando Meirelles (direção), Bráulio Mantovani (roteiro adaptado), Daniel Rezende (montagem) e Cesar Charlone (fotografia), acompanhados de suas mulheres, não brilharam tanto quanto as estrelas, mas marcaram presença.
Quando faltavam dez minutos para terminar o "evento", eis que surgem, tradicionalmente de última hora, Julia Roberts e Renée Zellweger (vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por "Cold Mountain").
Isto sim é glamour; isto sim é Hollywood, lugar de gente que sabe produzir a imagem que se deseja.
Especial
Fique por dentro da 76ª edição do Oscar
Tapete vermelho produz marketing e glamour antes do Oscar
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da Folha Online, enviado especial a Los Angeles (EUA)
Esqueça o que você vê na TV. É tudo falso. As pessoas são feias, se vestem mal e não atendem ao padrão de beleza das academias de ginástica. Isso todo mundo já sabe, mas o tapete vermelho do Oscar reflete a produção de marketing e glamour no mundo do cinema.
Os convidados são muitos, mas as estrelas de verdade são poucas.
A corrida pelo tapete vermelho começa às 15h, com pouquíssimas pessoas na "passarela". Com o passar das horas, ouve-se um ou outro nome famoso no meio da multidão.
Um apresentador "oficial" anuncia a chegada das estrelas e as entrevista, quando possível. Fora isso, o "quick-show" é complementado por platéias enlouquecidas, formada por fãs, imprensa, fotógrafos e cinegrafistas, que gritam pela atenção dos artistas.
As pessoas se amontoam nas calçadas, nos terraços dos prédios ao lado e nas arquibancadas montadas pela organização do Oscar. Todos sempre munidos de máquina fotográfica --digitais, claro.
A verdadeira moda --de Valentino, Prada, Carolina Herrera, Gucci-- serve somente a grandes estrelas do timbre de Julia Roberts, Catherine Zeta-Jones e Nicole Kidman.
O restante dos convidados tenta, e muito, aparecer. Chegam a parar na frente das câmeras e fazer pose, confirmando que Hollywood é um verdadeiro "reality show", onde as pessoas se estapeiam para aparecer e ter uma oportunidade no cinema ou na TV.
As roupas são, na verdade, absurdas. Cheias de babados, cores descombinadas, peles de animais e brilhos desnecessários. Assim, a apresentadora Joan Rivers fez sua fama na TV, ao criticar a moda desse tipo de evento.
Na última meia-hora, no entanto, o desanimador tapete vermelho começou a melhorar --se bem que no meio do caminho surgiu um pequeno e bizarro ex-Prince.
Depois vieram Juliane Moore, linda e muito mais jovem do que em seus papéis dramáticos no cinema; Susan Sarandon e Tim Robbins (vencedor do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por "Sobre Meninos e Lobos"), seguidos de Johnny Depp, Michael Douglas e Catherine Zeta-Jones, Charlize Theron, Uma Thurman, Angelina Jolie, Will Smith, Robin Williams e Nicole Kidman, entre outros.
Passaram também os brasileiros, elegantíssimos. Fernando Meirelles (direção), Bráulio Mantovani (roteiro adaptado), Daniel Rezende (montagem) e Cesar Charlone (fotografia), acompanhados de suas mulheres, não brilharam tanto quanto as estrelas, mas marcaram presença.
Quando faltavam dez minutos para terminar o "evento", eis que surgem, tradicionalmente de última hora, Julia Roberts e Renée Zellweger (vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por "Cold Mountain").
Isto sim é glamour; isto sim é Hollywood, lugar de gente que sabe produzir a imagem que se deseja.
Especial
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