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05/03/2004 - 05h38

Fatboy Slim funda filial de Brighton no Rio

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THIAGO NEY
da Folha de S.Paulo

Passado o Carnaval, 2004 começa para valer no início da noite de domingo, com Fatboy Slim. Na praia do Flamengo, no Rio, o DJ britânico será recebido por 200 mil pessoas, em festa gratuita.

Aos 40 anos, Norman Cook, o Fatboy Slim, é um fenômeno resultante do crescimento da música eletrônica no mundo e da popularização da figura do DJ. Seus discos são sucesso certo (ele tem três: um deles, "You've Come a Long Way, Baby", de 1998, vendeu mais de 1 milhão de cópias só nos EUA), suas músicas (como "Praise You" e "Rockafeller Skank") têm lugar garantido no topo das paradas européias e artistas fazem fila --e pagam bem-- para ter canções remixadas pelo "popstar".

O evento carioca é primo em primeiro grau de duas gigantescas festas ocorridas na cidade do DJ/ produtor, a litorânea Brighton, em 2001 e 2002 --as chamadas Big Beach Boutique. Sem perder tempo, Fatboy Slim lançou disco ao vivo e DVD.

"Acho que é porque atrai também quem não gosta de dance music, como os roqueiros, por exemplo", diz Norman Cook, sobre o fascínio exercido por sua música. Ele cita também os Chemical Brothers. "Além disso, nós somos músicos, não apenas DJs. Entendemos o universo do rock e do pop. Muitos DJs de tecno nunca ouviram rock ou pop."

Esse fascínio criou problemas para Cook. Na Big Beach de 2002, eram esperadas 100 mil pessoas --apareceram 250 mil. Resultado: 100 toneladas de lixo jogadas na praia, colapso no sistema de transporte público e 25 mil ingleses tiveram que passar a noite na rua, pois não tinham como voltar para suas cidades. Brighton entrou em estado de alerta.

"Aquilo foi assustador, pois não estávamos preparados para tanta gente. Não consegui me divertir, estava preocupado com a segurança do público. No Rio será diferente, nosso planejamento é para receber 250 mil pessoas com segurança", afirma Cook.

Para tanto, foram escalados 1.316 seguranças particulares, além de postos da PM e da Guarda Municipal e centrais de monitoramento com câmeras. Duas lanchas, oito botes e 46 salva-vidas farão a segurança marítima.

Os revolucionários

O brasileiro Patife iniciará a festa, às 16h30, seguido por Marky e pelo inglês Jon Carter. Fatboy entra depois, e toca por duas horas.

Esta é a segunda apresentação do DJ no Brasil --ele esteve no Free Jazz de 2001, no Jóquei Clube de SP. Desta vez, Fatboy Slim, que prepara disco novo para este primeiro semestre, preparou um set especial para o evento.

"Tocar em um lugar enorme é uma coisa única. Você tem que apresentar músicas próprias para o evento. Tocarei uma feita especialmente para o Rio, que não poderia ser tocada em nenhum outro local."

O set, que será filmado pela MTV, não será "arriscado", segundo o DJ; terá as músicas "certas, festeiras", que escapam à esfera da música "eletrônica".

Conseqüência, ele diz, de seu "amadurecimento". "Não sou mais um cara novo, revolucionário. Eu e os outros de minha geração agora esperamos por outra revolução, por pessoas novas aparecerem. Bandas como os Strokes ou os White Stripes. Talvez eles possam nos chamar de dinossauros", brinca. "Mas não estamos mortos ainda."

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