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12/03/2004 - 06h10

Diane Keaton vive dilema entre dois amores

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FABIO CYPRIANO
da Folha de S.Paulo

"Alguém Tem que Ceder", produção de Nancy Meyers, que estréia hoje, poderia se chamar também "Na Cama com Diane Keaton". No filme, Keaton, 58, representa uma dramaturga de sucesso, Erica Barry, que havia abdicado de relações amorosas para se dedicar ao trabalho.

De repente, vê-se disputada por Harry Sanborn (Jack Nicholson) --que até então só se interessava por mulheres com menos de 30 anos e tinha um caso com sua filha-- e Julian Mercer (Keanu Reeves) --um médico de 30 e poucos anos, admirador de seus trabalhos no teatro. Acaba se envolvendo com os dois.

Só para realizar as cenas com Nicholson, Keaton passou três semanas na cama. "Ficamos contando piada o tempo todo e, muitas vezes, avaliando porque falhamos no amor, coisas que todo mundo faz na cama", disse a atriz à Folha, em Berlim, durante o festival de cinema da cidade, no mês passado. Depois, fez questão de dizer: "Hoje estou bem casada".

Keaton, que foi indicada para o Oscar de melhor atriz pelo papel, aparece nua, em cena frontal, fato raro em Hollywood, seja para atrizes de sua idade ou mesmo mais novas. "Achei que era uma boa piada", brinca. Mas desconversa quando questionada sobre moralismo norte-americano que impede cenas mais quentes. Apenas afirma que a produção "tem um lado mais europeu". Não casualmente, o filme também se passa em Paris.

O primeiro papel de destaque da atriz foi em "O Poderoso Chefão", de Francis Ford Coppola, em 1972. Depois se projetou como musa de Woody Allen, com quem também dividiu cama --juntos realizaram sete filmes, entre eles "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa", que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz, em 1977. "Sempre achei que foi sorte participar da trilogia de Coppola e nunca entendi bem o que estava fazendo lá. Foi só com Woody que passei a entender de cinema."

No filme, como todo apaixonado, Keaton chora. E muito. "Tenho um truque que uso desde 'Reds' [de Warren Beatty, 1981]. Uso um walkman para entrar no clima, fico escutando música o tempo todo. Depois, o escondo embaixo do travesseiro", conta a atriz. "Ela é um pouco autista nas filmagens com esses aparelhos", ironizou Nicholson, também em Berlim.

Em breve, outra produção de Keaton estréia no país. Só que desta vez, sua participação é atrás das câmaras. Ela é a produtora-executiva de "Elefante", dirigido por Gus van Sant, Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2003. "Fui procurada por ele e me interessei pela história [o assassinato de vários adolescentes numa escola, também tema do documentário de Michael Moore, 'Tiros em Columbine']. Como mãe, creio que essa é uma questão a ser tratada, e Gus conseguiu fazer isso de forma muito delicada", conta a atriz-produtora.
 

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