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18/03/2004
-
07h57
VALMIR SANTOS
do Guia da Folha
Um encontro dos interiores com a metrópole, eis uma imagem possível para "Porti-Nari - A Ópera". Há uma espécie de tríplice aliança entre a Brodósqui paulista do pintor Cândido Portinari, a capital paraibana do grupo Piolim e o projeto Pocket Ópera, do Sesc Ipiranga, em São Paulo, cujo intuito é provocar novos ruídos na tradição erudita.
Convicto em sua meta de um teatro que se quer regional e universal, como na transposição definitiva do "Vau da Sarapalha" de Guimarães Rosa para o palco, que o Piolim leva há 12 anos, Luiz Carlos Vasconcelos surpreendeu-se com o farto paralelo poético e humanista na vida do pintor.
"É a luta do homem comum brasileiro, dos retirantes", diz Vasconcelos, 49. O coração dessa aventura cênico-musical é sobretudo o do menino Portinari (1903-62), ainda que essa perspectiva inevitavelmente alcance o homem. Candim (Christian Melo), o apelido de infância, é filho de humildes imigrantes italianos.
A dramaturgia não-linear de Luis Alberto de Abreu é um arco que vai das brincadeiras na fazenda de café, passa pela percepção dolorida do mundo dos adultos, pela ancoragem na pintura, e vai até o Portinari adulto (Everaldo Pontes), reconhecido no Brasil e no exterior, comunista de carteirinha, a rememorar tudo no leito de morte, vítima de intoxicação causada pelo chumbo da tinta, sua matéria-prima.
Com atores do Piolim e metade do elenco formada por crianças, a montagem cita, ora no cenário, ora em cenas, mais de 20 quadros do artista. Inclui ainda 14 temas executados ao vivo pelos músicos do maestro e compositor Laércio de Freitas.
PORTI-NARI: A ÓPERA
Dramaturgia: Luís Alberto de Abreu
Concepção e direção: Luiz Carlos Vasconcelos
Com: Everaldo Pontes, Servílio de Holanda e Ana Luíza Leão
Onde: Guairão
Quando: dias 24 (21h30) e 25 (20h)
Quanto: R$ 20
Especial
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"Porti-Nari" mostra encontro dos interiores com a metrópole
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do Guia da Folha
Um encontro dos interiores com a metrópole, eis uma imagem possível para "Porti-Nari - A Ópera". Há uma espécie de tríplice aliança entre a Brodósqui paulista do pintor Cândido Portinari, a capital paraibana do grupo Piolim e o projeto Pocket Ópera, do Sesc Ipiranga, em São Paulo, cujo intuito é provocar novos ruídos na tradição erudita.
Convicto em sua meta de um teatro que se quer regional e universal, como na transposição definitiva do "Vau da Sarapalha" de Guimarães Rosa para o palco, que o Piolim leva há 12 anos, Luiz Carlos Vasconcelos surpreendeu-se com o farto paralelo poético e humanista na vida do pintor.
"É a luta do homem comum brasileiro, dos retirantes", diz Vasconcelos, 49. O coração dessa aventura cênico-musical é sobretudo o do menino Portinari (1903-62), ainda que essa perspectiva inevitavelmente alcance o homem. Candim (Christian Melo), o apelido de infância, é filho de humildes imigrantes italianos.
A dramaturgia não-linear de Luis Alberto de Abreu é um arco que vai das brincadeiras na fazenda de café, passa pela percepção dolorida do mundo dos adultos, pela ancoragem na pintura, e vai até o Portinari adulto (Everaldo Pontes), reconhecido no Brasil e no exterior, comunista de carteirinha, a rememorar tudo no leito de morte, vítima de intoxicação causada pelo chumbo da tinta, sua matéria-prima.
Com atores do Piolim e metade do elenco formada por crianças, a montagem cita, ora no cenário, ora em cenas, mais de 20 quadros do artista. Inclui ainda 14 temas executados ao vivo pelos músicos do maestro e compositor Laércio de Freitas.
PORTI-NARI: A ÓPERA
Dramaturgia: Luís Alberto de Abreu
Concepção e direção: Luiz Carlos Vasconcelos
Com: Everaldo Pontes, Servílio de Holanda e Ana Luíza Leão
Onde: Guairão
Quando: dias 24 (21h30) e 25 (20h)
Quanto: R$ 20
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