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18/03/2004 - 08h24

Diretores de Curitiba propõem "reunião" dentro do Fringe

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BETO LANZA
do Guia da Folha

O FTC é uma espécie de síntese do caos, um incomensurável afluxo de artistas em busca de um lugar ao sol no pequeno espaço disponível ao longo dos 11 dias do festival. Objetivamente o que acontece em Curitiba desde o surgimento do Fringe é sintomático: uma corrida desesperada (dos grupos e do público) em busca de ser a exceção e não a regra. Na versão 2004, não será diferente: 160 peças e nenhuma fórmula para encontrar um bom espetáculo.

Da cena local são 62 títulos. De um lado um bloco de inúmeras comédias --de costumes, farsescas, grotescas, de protesto, escatológicas etc.-- e dramas diversos --esperança de triunfo para "A Longa Viagem do Comandante Fulano de Tal Através do Grande Oceano", dramaturgia e direção de Enéas Lour, e para o singelo "Chá das Cinco", dirigido por Eugênio de Camargo.

Indicados pela curadoria, aparecem os "contemporâneos" Felipe Hirsch com "Temporada de Gripe" e Edson Bueno com "Investigação sobre o Adeus".

Entre uma frente e outra, tomados pelo ímpeto de provocar uma reflexão acerca dos próprios métodos e idiossincrasias, um grupo de diretores residentes em Curitiba propôs ao festival uma "reunião" dentro da programação do Fringe intitulada Coletiva de Teatro. Os artistas farão um revezamento dos seus trabalhos do dia 19 ao dia 28.

De acordo com o grupo, que não aceita nenhum tipo de rótulo, a intenção é estar fora das leis: "Fora de leis de incentivo, de leis do inconformismo ou da barbárie cultural/comercial". O que é isso? Talvez nem o coletivo saiba. A questão é do que eles serão capazes?

Sueli Araújo, conhecida pelo sucesso de "Devora-te-me" no FTC de 2002, traz "Bicho Corre Hoje"; Fernando Kinas convida o público a trazer um objeto do seu cotidiano para compor "Titânio", com Simone Spoladore e Lori Santos; Paulo Biscaia mostra "Moby Dick e Ahab na Terra do Sol" sua pequena obsessão; Giovana Soar apresenta sua tentativa de peça em "A Melhor Parte do Homem" e para a empreitada convidou Marcio Abreu para atuar como ator e assistente de direção; Rafael Camargo convocou os comediantes da sua companhia Portátil para montar a peça-exercício "Prêtà-Porque".

Desta forma, se propuseram a escancarar seus trabalhos em processo num espaço também em (re)construção (o teatro Novelas Curitibanas) no intuito de "ir além dos padrões de produção cultural".

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