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18/03/2004 - 08h41

Mostra Infantil do Festival de Curitiba aponta tendências

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MÔNICA RODRIGUES DA COSTA
do Guia da Folha

O Festival de Teatro de Curitiba receberá 15 montagens para crianças, duas delas na mostra Infantil: "O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá" e "João e o Pé de Feijão", ambas de grupos paulistanos.

A julgar por essa representação de São Paulo, a mostra será significativa, pois aponta tendências na produção destinada ao público infanto-juvenil.

Com direção de Vladimir Capella e cenários e figurinos de J.C. Serroni, "O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá" tem os ingredientes para conquistar as crianças curitibanas. Os atores dominam o estilo emocionado de interpretar, que, aliado à iluminação (Cizo de Souza) transformadora, transporta o espectador ao reino lírico, da experiência subjetiva.

"João e o Pé de Feijão", com Carla Candiotto (direção) e Rodrigo Mateus (artes circenses), contribui com a renovação pelo circo. A peça cria conteúdo para números de ação no trapézio e na corda. A platéia infantil paulistana acompanhou encantada a história com o menino e o gigante pendurados no céu, disputando a galinha dos ovos de ouro.

Há espetáculos do Espírito Santo, do Rio de Janeiro, do Paraná, de Brasília. Os temas estão diversificados. Ao lado da releitura de mitos, contemporâneos como a história de amor impossível entre felino e ave (adaptada de conto homônimo de Jorge Amado por Capella), ou arquetípicos como o do menino que escala o pé de feijão até a casa do gigante, as peças do Fringe de 2004 tratam tanto da deficiência física ("A Borboleta que Não Sabia Voar", DF), quanto de problemas atuais do cotidiano, com a peça "Faltou Luz, Mas Era Dia" (PR), inspirada no teatro de absurdo de "Esperando Godot", de Samuel Beckett.

"Flicts" (PR), adaptação de texto de Ziraldo, ressalta diferenças de raça e valores. "Luz! Câmera! ImaginAÇÃO" (SP) brinca com o próprio teatro, em exercício de metalinguagem.

Os espetáculos do festival de Curitiba, tanto deste como dos anos anteriores, merecem ser levados às crianças de todo o Brasil.

Em 2002, o evento curitibano destacou, entre outros, o teatro de bonecos do grupo de Dario Uzam, com heróis saídos da pintura de Tarsila do Amaral e da música de Villa-Lobos.

Em 2003, foi a vez de "Cyrano de Berinjela", adaptação cômica, de Gustavo Bicalho, da peça do poeta e dramaturgo francês Edmond Rostand (1868-1918) sobre o amor não-correspondido do narigudo soldado Cyrano pela prima Roxane com atuação impecável de Cid Borges, Daniela Cavanellas e Nilton Marques.

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