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26/03/2004
-
15h09
da France Presse, em Toulouse
Os cineastas da América Latina, muitos deles presentes no Festival de Toulouse, na França, buscam todos os meios para realizar seus projetos. Alguns bancam sua próprias produções com a facilidade atual do vídeo digital, outros participam de competições para obter fundos privados e públicos, sobretudo na Europa.
O chileno Matías Bize apresentou com orgulho em Toulouse seu filme "Sábado, Una Película en Tiempo Real", que deve ser talvez a fita mais barata de toda a história do cinema, pois segundo Bize ele investiu apenas 40 euros na produção.
O filme, realizado em um plano-seqüência de 60 minutos para evitar os gastos de montagem, assemelha-se ao mesmo tempo ao chamado cinema-verdade e a esses vídeos familiares gravados durante os casamentos, por exemplo.
Todas as formas de produção são válidas atualmente na América Latina. Os diretores de cinema muitas vezes são seus próprios produtores ou procuram co-produções na Europa, sobretudo quando se trata de filmes em 35 mm.
O historiador uruguaio Jorge Rufinelli, organizador do Festival de Toulouse, lembrou dois filmes de produções diferentes premiados em Havana há dois anos: o brasileiro "Cidade de Deus", cujo orçamento oscilava entre US$ 2 milhões e US$ 3 milhões, e o argentino "Tan de Repente", que custou cerca de US$ 40 mil.
"São concepções diferentes do cinema. Não se pode esquecer o pequeno cinema, os pequenos filmes, que são grandes no coração e na mente, isto é, estética, artisticamente, mas são pequenos pelo custo de produção. Aqui em Toulouse foi apresentado um filme que, segundo o diretor, custou 40 euros. Um filme chileno numa só tomada", disse Rufinelli.
A Argentina tem chamado a atenção nos últimos anos porque, apesar de sua crise econômica, conseguiu se expressar com filmes fortes e de qualidade, apoiados, entre outros, por fundos como os programas Diretores em Residência, do Festival de Cannes, Cinema em Construção, de San Sebastián e Toulouse, ou ajudas do governo francês.
"É um cinema com algo do neo-realismo italiano, voltando às fórmulas de Rossellini ou seguindo um pouco o exemplo do cinema iraniano. São outras alternativas. Na Colômbia, os únicos filmes que têm êxito são inspirados na comédia de televisão. Têm sucesso por que estão associados a um canal de televisão", diz o cineasta colombiano Luis Ospina.
Cinema latino tem produções "caseiras" e milionárias
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Os cineastas da América Latina, muitos deles presentes no Festival de Toulouse, na França, buscam todos os meios para realizar seus projetos. Alguns bancam sua próprias produções com a facilidade atual do vídeo digital, outros participam de competições para obter fundos privados e públicos, sobretudo na Europa.
O chileno Matías Bize apresentou com orgulho em Toulouse seu filme "Sábado, Una Película en Tiempo Real", que deve ser talvez a fita mais barata de toda a história do cinema, pois segundo Bize ele investiu apenas 40 euros na produção.
O filme, realizado em um plano-seqüência de 60 minutos para evitar os gastos de montagem, assemelha-se ao mesmo tempo ao chamado cinema-verdade e a esses vídeos familiares gravados durante os casamentos, por exemplo.
Todas as formas de produção são válidas atualmente na América Latina. Os diretores de cinema muitas vezes são seus próprios produtores ou procuram co-produções na Europa, sobretudo quando se trata de filmes em 35 mm.
O historiador uruguaio Jorge Rufinelli, organizador do Festival de Toulouse, lembrou dois filmes de produções diferentes premiados em Havana há dois anos: o brasileiro "Cidade de Deus", cujo orçamento oscilava entre US$ 2 milhões e US$ 3 milhões, e o argentino "Tan de Repente", que custou cerca de US$ 40 mil.
"São concepções diferentes do cinema. Não se pode esquecer o pequeno cinema, os pequenos filmes, que são grandes no coração e na mente, isto é, estética, artisticamente, mas são pequenos pelo custo de produção. Aqui em Toulouse foi apresentado um filme que, segundo o diretor, custou 40 euros. Um filme chileno numa só tomada", disse Rufinelli.
A Argentina tem chamado a atenção nos últimos anos porque, apesar de sua crise econômica, conseguiu se expressar com filmes fortes e de qualidade, apoiados, entre outros, por fundos como os programas Diretores em Residência, do Festival de Cannes, Cinema em Construção, de San Sebastián e Toulouse, ou ajudas do governo francês.
"É um cinema com algo do neo-realismo italiano, voltando às fórmulas de Rossellini ou seguindo um pouco o exemplo do cinema iraniano. São outras alternativas. Na Colômbia, os únicos filmes que têm êxito são inspirados na comédia de televisão. Têm sucesso por que estão associados a um canal de televisão", diz o cineasta colombiano Luis Ospina.
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