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29/03/2004 - 04h50

Para fãs, Kurt Cobain não suportou o peso do sucesso

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da Folha de S.Paulo

Quando Kurt Cobain morreu, Rafaela Prestes Franco tinha três anos. Hoje, aos 13, ela toca bateria e, em uma das suas primeiras apresentações ao vivo, num sarau do colégio, tocou "Francis Farmer", "About a Girl" e "Rape Me".

Ainda na escola, ela precisou fazer um trabalho para a aula de português e usou o livro "Mais Pesado que o Céu", biografia de Kurt Cobain escrita por Charles R. Cross. "A banda era muito boa, mas ele era um podre. Há várias coisas que não concordo na atitude dele, como as drogas, mas entendo por que ele era depressivo: queria ser famoso, mas, quando conseguiu, viu que não era nada disso."

O fato de Kurt ter cometido suicídio não derruba a imagem de ídolo para quem é fã de verdade. "Cada um de nós tem reações diferentes sobre isso, e ele deixou bem claro que gostaria que as pessoas prestassem atenção na música dele, e não nas atitudes que tomava. É isso que tento fazer", explica Tiago Enrique dos Santos, 21, o "Pepino".

Ele e outros amigos seguidores do movimento grunge se reúnem na chamada "Seattle Night", que, especialmente no mês de abril, faz tributo a Kurt Cobain, na casa noturna Led Slay (av. Celso Garcia, 5.765, Tatuapé, São Paulo, SP, www.ledslay.com.br).

"Acho que Kurt não conseguiu suportar o seu dom. Talvez por isso tenha se suicidado. Em algum momento ele deve ter se perdido no emaranhado de sua ambição criativa", diz Flávio Aquistapace Martins, 25, que chegou a encontrar seu ídolo de perto, rapidamente, depois da apresentação do Nirvana no Brasil em 1993, e até conseguiu um autógrafo.

Há quem considere como verdadeira a hipótese de assassinato, armado por Courtney Love, como é o caso de Daniela Matias Pereira, 17, presidente do fã-clube de Kurt Cobain de Santos (danideda@hotmail.com). "Ela mandou matá-lo, pois ele queria se separar e ela queria o dinheiro. Ela alterou o bilhete suicida de Kurt, pois há letras diferentes, e chegou até a pagar o legista", teoriza Daniela.

 

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