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06/04/2004 - 03h41

Buenos Aires convoca país polêmico

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da Folha de S.Paulo

Dedicado a identificar, exibir e discutir o que há de mais instigante na produção cinematográfica de hoje e de ontem, o Festival do Cinema Independente de Buenos Aires exibirá em sua sexta edição (de 14 a 25 de abril) retrospectiva da obra do brasileiro Glauber Rocha (1939-1981), que inclui um título proibido no Brasil.

Os argentinos verão o curta-metragem "Di", em que Glauber filmou o enterro de Di Cavalcanti (1897-1976) com uma atitude considerada pela família do artista plástico desrespeitosa à sua memória. Na Justiça brasileira, os herdeiros de Di Cavalcanti obtiveram a interdição das exibições públicas de "Di" no país. Além de Glauber, outros 12 cineastas ganham retrospectiva no festival, entre eles, o norte-americano John Ford (1895-1973).

A participação brasileira se completa com o documentário "O Prisioneiro da Grade de Ferro", de Paulo Sacramento, em disputa, e a presença do diretor José Padilha ("Ônibus 174") no júri de uma das quatro competitivas.

O filme de Sacramento, que registra o cotidiano de detentos na Casa de Detenção de São Paulo, o Carandiru, desativado em 2002, compete na seção Direitos Humanos, organizada em parceria com a ONG Human Rights Watch. A estréia do longa no Brasil está prevista para o próximo dia 16.

O Festival de Buenos Aires exibirá, no total, mais de 300 filmes. A produção contemporânea mundial está concentrada na seção Mundos, que agrupa três grandes temas, "Sujeitos", "Práticas" e "Espaços", por sua vez organizados em 17 subtemas.

A produção contemporânea argentina tem uma seção exclusiva, El Nuevo del Nuevo (O Novo do Novo), que reúne 12 títulos inéditos nos cinemas, mesclando temas políticos --como "Una de Dos" (Das Duas, Uma), de Alejo Taube, ambientada na grave crise econômica e política atravessada pelo país em 2002-- e invenção cinematográfica --como "Sinon, J'Étouffe" (Senão Eu Sufoco), de Nicolás Azalbert, sobre um francês que tenta reinventar a nouvelle vague no rio da Prata.

Coordenado pelo crítico norte-americano Jonathan Rosenbaum ("The Chicago Reader"), El Club de La Pelicula Perdida (O Clube do Filme Perdido) convidou seis cineastas a apresentar, cada um, um filme subestimado pela história do cinema. O próprio Rosenbaum exibirá um média de 1964 e um documentário de 1985, sobre a descoberta tardia de um caso de troca de bebês na maternidade.
 

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