Publicidade
Publicidade
12/04/2004
-
08h33
MARCOS DÁVILA
Free-lance para a Folha de S.Paulo
A primeira vez que o vendedor de algodão doce Edinilson Felipe Correa, 38, viu um piano foi aos 13 anos. Ele trabalhava como pintor de paredes na casa de uma "madame" e ficou encantado ao vê-la tocar. "Foi a primeira e a última", afirma. No último sábado, ele repetiu a experiência. Só que, desta vez, quem tocou foi nada menos do que Arthur Moreira Lima.
O pianista se apresentou sobre seu caminhão-palco em São Miguel Paulista (região leste), abrindo uma turnê pela periferia que vai até dia 25 de maio, com apoio da prefeitura.
O projeto "Um Piano pela Estrada", concebido pelo pianista, segue à risca aquela velha história do artista ir aonde o povo está. Com as laterais abertas, a boléia se transforma num palco e revela o piano de cauda.
"Sou uma espécie de camelô da cultura", brinca o pianista, que entre uma música e outra faz pequenos comentários sobre o que toca do tipo: "Bach tocava para Deus, e Mozart, para agradar os ricos, que pagavam seus concertos".
Sob uma fina garoa, cerca de 200 pessoas acompanharam o concerto. Entre elas, a catadora de papel Eremita Maria de Oliveira, 58, que nunca tinha visto um piano de perto. "A gente só vê isso na televisão. Lembra música de missa", diz.
O motorista de caminhão de lixo Marcos de Jesus, 26, também gostou. "É diferente. Aqui só tem samba e axé. Nunca vi algo assim", afirma.
Leia mais
Público que não freqüenta concertos estréia em séries populares
Pianista vira camelô da arte sobre caminhão
Publicidade
Free-lance para a Folha de S.Paulo
A primeira vez que o vendedor de algodão doce Edinilson Felipe Correa, 38, viu um piano foi aos 13 anos. Ele trabalhava como pintor de paredes na casa de uma "madame" e ficou encantado ao vê-la tocar. "Foi a primeira e a última", afirma. No último sábado, ele repetiu a experiência. Só que, desta vez, quem tocou foi nada menos do que Arthur Moreira Lima.
O pianista se apresentou sobre seu caminhão-palco em São Miguel Paulista (região leste), abrindo uma turnê pela periferia que vai até dia 25 de maio, com apoio da prefeitura.
O projeto "Um Piano pela Estrada", concebido pelo pianista, segue à risca aquela velha história do artista ir aonde o povo está. Com as laterais abertas, a boléia se transforma num palco e revela o piano de cauda.
"Sou uma espécie de camelô da cultura", brinca o pianista, que entre uma música e outra faz pequenos comentários sobre o que toca do tipo: "Bach tocava para Deus, e Mozart, para agradar os ricos, que pagavam seus concertos".
Sob uma fina garoa, cerca de 200 pessoas acompanharam o concerto. Entre elas, a catadora de papel Eremita Maria de Oliveira, 58, que nunca tinha visto um piano de perto. "A gente só vê isso na televisão. Lembra música de missa", diz.
O motorista de caminhão de lixo Marcos de Jesus, 26, também gostou. "É diferente. Aqui só tem samba e axé. Nunca vi algo assim", afirma.
Leia mais
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice