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13/04/2004
-
05h06
MÁRVIO DOS ANJOS
da Folha de S.Paulo
O "Por Trás da Fama" do Multishow é sempre uma interessante possibilidade de compreender como certos artistas conseguem chegar ao patamar de fenômeno --incluindo as estratégias da carreira, as camaleonices e as reviravoltas. Amanhã, a faixa traz um programa inédito sobre Britney Spears, que, diga-se, mudou bastante desde o início até agora.
Mesmo já tendo feito, quando criança, trabalhos para TV, como o "Mickey Mouse Club" (89), ela só despontou para a fama em 99, como cantora. Vestida como uma normalista de Nelson Rodrigues, cantava "Baby One More Time".
O hit do ano dizia desesperadamente: "Minha solidão está me matando/ Eu tenho que confessar que ainda acredito/ Se não estou contigo eu perco a cabeça/ Me dê um sinal/ Baby, me dê outra chance". O marketing era o da virgindade --Britney tinha 17 anos e dificilmente falava em namorados. Era uma Sandy em inglês.
Era um interessante contraponto para a onda de boy bands que tomou o pop de assalto no formato cinco-rapazes-cantores-com-diferenças-étnicas-entre-si: Backstreet Boys, N'Sync, Boyzone, Five e genéricos.
Mas talvez alguém tenha percebido que Britney era voluptuosa demais para convencer cantando a solidão adolescente. Era preciso transformá-la em algo mais ambicioso. E por que não uma sucessora de Madonna?
Hoje, aos 23 anos, com quatro discos lançados, pode-se dizer que ela seguiu à risca os passos dessa sucessão. As coreografias em que os bailarinos formavam um coração deram lugar a clipes apimentados, sendo que recentemente a onda politicamente correta da MTV americana chegou a restringir a exibição do caliente "Toxic" --que passa só na madrugada e olhe lá.
Hoje até beijinhos na boca de Madonna a cantora já deu. Um exemplo do muito de marketing, mesclado a algo de gratidão.
POR TRÁS DA FAMA - BRITNEY SPEARS
Quando: amanhã, às 21h45, no Multishow
Especial acompanha trajetória de Britney Spears
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da Folha de S.Paulo
O "Por Trás da Fama" do Multishow é sempre uma interessante possibilidade de compreender como certos artistas conseguem chegar ao patamar de fenômeno --incluindo as estratégias da carreira, as camaleonices e as reviravoltas. Amanhã, a faixa traz um programa inédito sobre Britney Spears, que, diga-se, mudou bastante desde o início até agora.
Mesmo já tendo feito, quando criança, trabalhos para TV, como o "Mickey Mouse Club" (89), ela só despontou para a fama em 99, como cantora. Vestida como uma normalista de Nelson Rodrigues, cantava "Baby One More Time".
O hit do ano dizia desesperadamente: "Minha solidão está me matando/ Eu tenho que confessar que ainda acredito/ Se não estou contigo eu perco a cabeça/ Me dê um sinal/ Baby, me dê outra chance". O marketing era o da virgindade --Britney tinha 17 anos e dificilmente falava em namorados. Era uma Sandy em inglês.
Era um interessante contraponto para a onda de boy bands que tomou o pop de assalto no formato cinco-rapazes-cantores-com-diferenças-étnicas-entre-si: Backstreet Boys, N'Sync, Boyzone, Five e genéricos.
Mas talvez alguém tenha percebido que Britney era voluptuosa demais para convencer cantando a solidão adolescente. Era preciso transformá-la em algo mais ambicioso. E por que não uma sucessora de Madonna?
Hoje, aos 23 anos, com quatro discos lançados, pode-se dizer que ela seguiu à risca os passos dessa sucessão. As coreografias em que os bailarinos formavam um coração deram lugar a clipes apimentados, sendo que recentemente a onda politicamente correta da MTV americana chegou a restringir a exibição do caliente "Toxic" --que passa só na madrugada e olhe lá.
Hoje até beijinhos na boca de Madonna a cantora já deu. Um exemplo do muito de marketing, mesclado a algo de gratidão.
POR TRÁS DA FAMA - BRITNEY SPEARS
Quando: amanhã, às 21h45, no Multishow
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