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16/04/2004 - 15h28

De olho nos pais, expositores da Bienal investem no público infantil

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CARLA NASCIMENTO
da Folha Online

Dispostos a atrair o público que for ao Centro de Exposições Imigrantes até o próximo dia 25, os expositores da 18ª Bienal do Livro de São Paulo estão lançando mão de várias estratégias. Quem tiver disposição para percorrer os 45 mil metros quadrados da feira poderá encontrar boas ofertas e pequenos "mimos", típicos de feiras desse porte.

Em uma das entradas da feira já se percebe que a atenção especial das editoras e livrarias está voltada para as crianças. Mas para quem pensa que a preferência dos pequenos será disputada apenas pelas montagens-relâmpago de peças infantis, sessões de contadores de histórias ou apresentação de palhaços, a Bienal pode reservar boas surpresas principalmente para o bolso dos pais. Livros com pequenos contos e muitas imagens podem ser encontrados por preços a partir de R$ 0,50 e histórias em quadrinhos são anunciadas a R$ 1.

Contudo, se não dá para aliviar no preço das publicações, o jeito é não deixar o leitor sair da feira de mãos abanando. Brindes como viseiras, balões, ímãs com personagens infantis e até cupons que podem ser trocados por peixinhos ornamentais também podem contentar os pequenos leitores.

Para Breno Lerner, diretor geral da editora Melhoramentos --editora que tem metade de seu catálogo voltado para o público infantil--, a preocupação neste ano foi garantir que todas as crianças que passassem pelo estande tivessem condições de comprar um livro. "Aqui vêm crianças de escolas mais afastadas do centro de São Paulo e elas vêm com pouco dinheiro. Por isso nós tivemos a preocupação em colocar em nosso display livros a partir de R$ 0,50", disse.

O aniversário de 450 anos de São Paulo também tem sido usado como estratégia. Uma reprodução em miniatura de monumentos da cidade como o Mercado Municipal e o Obelisco fazem parte da decoração do estande da Cedic, editora de livros infantis e material multimídia para a área de porta a porta. O estande reproduz ruas da cidade e apresenta teatro de bonecos com personagens da Turma da Mônica. Na saída as crianças recebem kits para recortar e montar.

Segundo José Luiz França, diretor comercial da Cedic, esse tipo de ação não traz nenhum retorno financeiro imediato, já que as crianças não compram as publicações, mas prepara para a formação de futuros leitores e, conseqüentemente, novos compradores.

Também de olho nas crianças, mas principalmente nos professores que fazem a lista dos livros trabalhados nas escolas, a editora Ciranda Cultural atrai o público infantil com preços simbólicos (três livros por R$ 1), mas investe mesmo é nos professores fora da Bienal, com o agendamento de visitas às escolas e sorteio de um DVD entre os professores visitados.

Como toda feira que se preza, pode-se encontrar de tudo um pouco na Bienal. E mesmo os estandes que não têm nada a ver com o mercado editorial vêem no evento uma boa oportunidade para fisgar novos clientes. Só para ficar em um exemplo, uma empresa de calçados infantis está promovendo um sorteio de um mini-bugie.

Ou seja, de olho no cliente, o céu parece ser o limite mesmo em uma feira de livros.

O Centro de Exposições Imigrantes fica na altura do km 1,5 da rodovia dos Imigrantes. A Bienal funciona das 10h às 22h e vai até o próximo dia 25.

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