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16/04/2004
-
21h39
CARLA NASCIMENTO
da Folha Online
Os encontros com autores e as palestras da 18ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo começaram hoje com a programação do Salão de Idéias e do Café Paulicéia.
A escritora gaúcha Lygia Bojunga foi a primeira convidada do Salão de Idéias e conversou com o público sobre seu fazer literário.
A escritora, que recentemente ganhou o prêmio Astrid Lindgren Memorial Award pelo conjunto de sua obra, falou de seu amor não só pela literatura, mas pelo livro como objeto. Disse ainda que não se considera uma intelectual, mas uma "artesã".
Bojunga também falou da decisão que tomou há alguns anos de criar sua própria editora, que leva seu nome. Ela comparou sua relação com o livro ao relacionamento com uma pessoa.
"Quero ir até o fim da minha relação com o livro", disse, ao comentar a necessidade que tem de acompanhar todo o processo de publicação de seus livros --do texto até chegar às mãos dos leitores.
Sobre o problema do pouco acesso que a população tem aos livros e à educação no Brasil, Bojunga --que afirmou depositar muitas esperanças no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva-- disse que nenhum governo até agora tem conseguido dar conta desse problema. Acrescentou que não basta doar livros e falou da necessidade de criar o hábito da leitura. "O que a gente tem de criar é o desejo de ler."
À tarde, foi a vez do sociólogo francês Michel Maffesoli falar sobre alguns conceitos trabalhados em seu mais recente livro, "A Parte do Diabo".
Partindo de questões como a idéia de imaginário da civilização ocidental, Maffesoli falou do que considera ser a crise da representação moderna e dos valores alternativos que estão em gestação em nossa sociedade e que escapam aos conceitos estudados hoje.
Maffesoli instigou a pequena platéia que compareceu ao auditório para ouvi-lo, dizendo que a pós-modernidade é uma "metáfora provisória para aguardar a palavra que vai definir o que está chegando". E ainda: "a pós-modernidade retoma elementos pré-modernos".
Encontros
O dia na Bienal também contou com um encontro entre o escritor português Daniel Sampaio e o brasileiro Tai Castilho, cujo tema foi a convivência entre pais e filhos. Já os escritores Adélia Prado e Frei Betto falaram sobre suas obras em uma mesa intitulada "Com Licença Poética".
Encerrando a programação do Salão de Idéias estiveram os cartunistas Chico e Paulo Caruso.
Do Café Paulicéia participaram os escritores Mário Chamie e Ferréz. Chamie falou sobre poesia e Ferréz, sobre "A Voz da Periferia".
A 18ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo começou ontem e vai até o próximo dia 25, no Centro de Exposições Imigrantes (km 1,5 da rodovia dos Imigrantes), das 10h às 22h.
Especial
Saiba mais sobre a Bienal Internacional do Livro de São Paulo
Escritora gaúcha e francês abrem palestras na Bienal do Livro
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da Folha Online
Os encontros com autores e as palestras da 18ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo começaram hoje com a programação do Salão de Idéias e do Café Paulicéia.
A escritora gaúcha Lygia Bojunga foi a primeira convidada do Salão de Idéias e conversou com o público sobre seu fazer literário.
A escritora, que recentemente ganhou o prêmio Astrid Lindgren Memorial Award pelo conjunto de sua obra, falou de seu amor não só pela literatura, mas pelo livro como objeto. Disse ainda que não se considera uma intelectual, mas uma "artesã".
Bojunga também falou da decisão que tomou há alguns anos de criar sua própria editora, que leva seu nome. Ela comparou sua relação com o livro ao relacionamento com uma pessoa.
"Quero ir até o fim da minha relação com o livro", disse, ao comentar a necessidade que tem de acompanhar todo o processo de publicação de seus livros --do texto até chegar às mãos dos leitores.
Sobre o problema do pouco acesso que a população tem aos livros e à educação no Brasil, Bojunga --que afirmou depositar muitas esperanças no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva-- disse que nenhum governo até agora tem conseguido dar conta desse problema. Acrescentou que não basta doar livros e falou da necessidade de criar o hábito da leitura. "O que a gente tem de criar é o desejo de ler."
À tarde, foi a vez do sociólogo francês Michel Maffesoli falar sobre alguns conceitos trabalhados em seu mais recente livro, "A Parte do Diabo".
Partindo de questões como a idéia de imaginário da civilização ocidental, Maffesoli falou do que considera ser a crise da representação moderna e dos valores alternativos que estão em gestação em nossa sociedade e que escapam aos conceitos estudados hoje.
Maffesoli instigou a pequena platéia que compareceu ao auditório para ouvi-lo, dizendo que a pós-modernidade é uma "metáfora provisória para aguardar a palavra que vai definir o que está chegando". E ainda: "a pós-modernidade retoma elementos pré-modernos".
Encontros
O dia na Bienal também contou com um encontro entre o escritor português Daniel Sampaio e o brasileiro Tai Castilho, cujo tema foi a convivência entre pais e filhos. Já os escritores Adélia Prado e Frei Betto falaram sobre suas obras em uma mesa intitulada "Com Licença Poética".
Encerrando a programação do Salão de Idéias estiveram os cartunistas Chico e Paulo Caruso.
Do Café Paulicéia participaram os escritores Mário Chamie e Ferréz. Chamie falou sobre poesia e Ferréz, sobre "A Voz da Periferia".
A 18ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo começou ontem e vai até o próximo dia 25, no Centro de Exposições Imigrantes (km 1,5 da rodovia dos Imigrantes), das 10h às 22h.
Especial
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