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23/04/2004 - 17h27

Electro mistura rock, house, tecno e hip hop

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SERGIO AMARAL
do Guia da Folha

Os fãs de electro têm poucas, mas ótimas, razões para comparecer ao Sambódromo do Anhembi. Fischerspooner e Benny Benassi, duas atrações de peso da nova onda electro, que injeta frescor nas pistas e na música eletrônica, vão tocar no Outdoor Stage bem cedo, entre 20h e 22h30. Benny Benassi, autor do megahit "Satisfaction" deve se apresentar das 20h às 21h30, e o coletivo de artistas performáticos Fischerspooner, liderado por Warren Fischer e Casey Spooner, mostra seu show na seqüência, das 21h30 às 22h30.

Performance, arte, maquiagem e figurino são fundamentos do gênero, que tem suas raízes no início da década de 80 com a clássica "Planet Rock", de Afrika Bambaataa & Soul Sonic Force. A faixa, com samples da também clássica "Trans-Europe Express", do grupo alemão Kraftwerk, mistura ingredientes como batidas de funk dos anos 70, sintetizadores e hip hop. Este último, em franca ascensão em meados dos 80, ofuscou aquela onda electro, que acabou se refugiando entre produtores de tecno, principalmente em Detroit.

O novo electro, que conquistou as pistas de dança a partir do ano 2000, oferece um mix ainda maior de referências. Rock, punk, disco, funk, hip hop, house, tecno e progressivo: cabe de tudo nesse caldeirão.

Nomes como Miss Kittin e Felix da Housecat ("Madame Hollywood"), Fischerspooner ("Emerge"), Peaches ("Set It Off"), Avenue D. ("Do I Look Like a Slut?"), Chicks on Speed ("Fashion Rules"), Ladytron ("Blue Jeans"), Tiga ("Burning Down"), The Hacker ("Frank Sinatra"), Scissor Sisters ("Comfortably Numb") e Benny Benassi ("Satisfaction") são alguns dos mais populares artistas dessa geração.

Vindos da cena underground independente de Berlim, Nova York, Londres e Montréal, eles tocam no mundo todo, ganham cachês altos e fecham contratos com grandes gravadoras. O selo International Deejay Gigolos Records, do DJ alemão Hell; o descolado bairro Williamsburg e o festival Electroclash, idealizado pelo DJ Larry Tee, em NY; e o clube londrino Nag Nag Nag são os ícones dessa cena.

No caminho oposto da predominante corrente tecno dos anos 90, em que a figura do músico produtor pouco importava, os artistas de electro investem pesado na produção de sua própria imagem, num movimento semelhante ao de estrelas do rock, como John Lennon, Mick Jagger e Jimi Hendrix, entre outros.

Mulheres poderosas (as "electrobitches"), festas, dinheiro, sexo, fama e glamour temperam letras irreverentes cheias de bordões e refrões, que grudam como chiclete. O clima é sexy, fashion, futurista, retrô e divertido, claro.

Especial
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