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23/04/2004
-
18h11
do Guia da Folha
Ouvindo a voz de Gilberto Gil remixada em "Highlights", faixa que abre "In Rotation", disco de Marky e XRS, dá para entender por que o trabalho foi tão bem recebido pela imprensa britânica. Dois dos destaques do line-up do Skol Beats, a dupla dá novos ares ao estilo musical inventado pelos ingleses.
Marky, Xerxes e Patife --que também participa do festival-- popularizaram o drum'n'bass (d&b) no Brasil. Isso foi a deixa para que figurões do gênero, como Goldie, LTJ Bukem, Bryan Gee, Ray Keith, Grooverider, Hype e Fabio, tocassem em edições anteriores do festival.
Neste ano, estão garantidos outros dois nomes da velha-guarda na tenda Movement: os ingleses Roni Size e Photek.
Para entender o d&b, é preciso olhar para o final da década de 80, época em que a house e o breakbeat tomaram as pistas inglesas. Algumas gravadoras passaram a misturar os dois estilos com hip hop, reggae, tecno e dub, e o resultado foi um som que ganhou o nome de jungle, como o que era feito pelo pioneiro DJ Hype.
Entre 1992 e 1993, foram lançadas faixas importantes, como "Atlantis (I Need You)", de LTJ Bukem, que montou a gravadora Good Looking Records, e "Shot in the Dark", de Hype. Rádios independentes, como a londrina Kool FM, passaram a dedicar parte da programação para divulgar o jungle. Um dos DJs que comandam atualmente um programa de d&b nessa rádio, Ruffstuff, está entre as atrações da tenda Movement.
No fim de 94, o termo d&b foi utilizado como uma derivação do jungle. Dessa nova fase, destaca-se Goldie, um dos freqüentadores de uma das primeiras noites de d&b, promovida por Fabio e Grooverider, no clube londrino Heaven. Seu primeiro disco, "Timeless", de 1995, foi um marco, e ele criou sua própria gravadora, a Metalheadz. Quem também montou selo foi Bryan Gee, por onde saíram as primeiras produções de Roni Size, Krust e Die.
O d&b virou moda e, em 1996, surgiram variações do estilo, como o "d&b inteligente", quando as batidas flertam com jazz e ambient, de DJs como Bukem; e o "dark d&b", de Grooverider, entre outros.
Roni Size e seu projeto Reprazent deram um impulso à cena, quando ganharam o Mercury Prize com o disco "New Forms", em 1997. O ano foi o da consolidação da segunda fase do d&b, quando saíram álbuns como "Modus Operandi", de Photek.
Brasileiros
O antenado Bryan Gee conheceu Marky em uma baladinha no clube Lov.e e convidou o brasileiro para tocar na noite Movement, do bar inglês Rumba. Os brasileiros inauguraram uma nova fase do d&b, injetando bossa nova, samba, suingue e muito groove ao estilo. O primeiro registro internacional, "The Brazil EP", foi lançado pela V. Recordings, com remixes de Marky e Patife. O resto da história? É só voltar para o início do texto e acompanhar os próximos capítulos.
Especial
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Tenda Movement traz pioneiros do drum'n'bass
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Ouvindo a voz de Gilberto Gil remixada em "Highlights", faixa que abre "In Rotation", disco de Marky e XRS, dá para entender por que o trabalho foi tão bem recebido pela imprensa britânica. Dois dos destaques do line-up do Skol Beats, a dupla dá novos ares ao estilo musical inventado pelos ingleses.
Marky, Xerxes e Patife --que também participa do festival-- popularizaram o drum'n'bass (d&b) no Brasil. Isso foi a deixa para que figurões do gênero, como Goldie, LTJ Bukem, Bryan Gee, Ray Keith, Grooverider, Hype e Fabio, tocassem em edições anteriores do festival.
Neste ano, estão garantidos outros dois nomes da velha-guarda na tenda Movement: os ingleses Roni Size e Photek.
Para entender o d&b, é preciso olhar para o final da década de 80, época em que a house e o breakbeat tomaram as pistas inglesas. Algumas gravadoras passaram a misturar os dois estilos com hip hop, reggae, tecno e dub, e o resultado foi um som que ganhou o nome de jungle, como o que era feito pelo pioneiro DJ Hype.
Entre 1992 e 1993, foram lançadas faixas importantes, como "Atlantis (I Need You)", de LTJ Bukem, que montou a gravadora Good Looking Records, e "Shot in the Dark", de Hype. Rádios independentes, como a londrina Kool FM, passaram a dedicar parte da programação para divulgar o jungle. Um dos DJs que comandam atualmente um programa de d&b nessa rádio, Ruffstuff, está entre as atrações da tenda Movement.
No fim de 94, o termo d&b foi utilizado como uma derivação do jungle. Dessa nova fase, destaca-se Goldie, um dos freqüentadores de uma das primeiras noites de d&b, promovida por Fabio e Grooverider, no clube londrino Heaven. Seu primeiro disco, "Timeless", de 1995, foi um marco, e ele criou sua própria gravadora, a Metalheadz. Quem também montou selo foi Bryan Gee, por onde saíram as primeiras produções de Roni Size, Krust e Die.
O d&b virou moda e, em 1996, surgiram variações do estilo, como o "d&b inteligente", quando as batidas flertam com jazz e ambient, de DJs como Bukem; e o "dark d&b", de Grooverider, entre outros.
Roni Size e seu projeto Reprazent deram um impulso à cena, quando ganharam o Mercury Prize com o disco "New Forms", em 1997. O ano foi o da consolidação da segunda fase do d&b, quando saíram álbuns como "Modus Operandi", de Photek.
Brasileiros
O antenado Bryan Gee conheceu Marky em uma baladinha no clube Lov.e e convidou o brasileiro para tocar na noite Movement, do bar inglês Rumba. Os brasileiros inauguraram uma nova fase do d&b, injetando bossa nova, samba, suingue e muito groove ao estilo. O primeiro registro internacional, "The Brazil EP", foi lançado pela V. Recordings, com remixes de Marky e Patife. O resto da história? É só voltar para o início do texto e acompanhar os próximos capítulos.
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